sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cuidados Específicos a Pessoa com a Doença de Alzheimer

Necessidade de Nutrição Oral (Deglutição e Alimentação) da Pessoa com a Doença de Alzheimer

Nutrição Oral
Dados
(In)Dependência Tipo
Cuidados
Alimentação
- Deterioração da função sensorial com diminuição do paladar;
- Deterioração da função cognitiva no reconhecimento de objetos para se alimentar bem como o próprio alimento.
- Dependência parcial:
Ajuda e supervisão.
- Dependência Total
Cuidados sobre o tipo de comida que está ingerindo e de como está ingerindo; dependente de um acompanhamento rotineiro em seus hábitos e preferências alimentares. Dependente de um cuidador para orientá-lo passo a passo durante a alimentação.
Deglutição
- Episódios de engasgos e/ou tosse durante a alimentação são freqüentes;
- Alteração no sistema neuromotor compromete a deglutição bem como a diminuição força na mastigação.
- Dependência parcial:
Ajuda e supervisão.
Orientar a família/cuidador sobre o risco de infecções pulmonares de repetição pelo aumento da possibilidade de aspiração de resíduos de alimentos por via aérea;
Orientar sobre o cozimento de alimentos de fácil mastigação e que sejam atrativos para a pessoa.
 
 Fonte: CAMACHO, 2010


Déficit na Realização de Atividades/Tarefas da Pessoa com a Doença de Alzheimer


Tipos
Dados
(In)Dependência Tipo
Cuidados
Dirigir
- Perda do sentido do espaço e localização. Dificuldade cognitiva de reconhecer os utensílios para do veículo para dirigir.
- Dependência total
Orientar a família sobre o total impedimento para dirigir e o risco de evasão e acidentes.
Escrever
- Perda cognitiva no conhecimento do objeto (caneta e lápis) para desenhar ou escrever;
- Dificuldade para o desenho e escrita.
- Dependência total (95%)
- Dependência parcial: supervisão (5%)
Deve ser orientado à família/cuidador sobre as disfunções executivas avaliadas que podem preceder os distúrbios de memória nas demências.
Emprego/Ocupação
- Com a diminuição da capacidade de memória e orientação a interação social no trabalho se tornou prejudicada
- Dependência total (95%)
A orientação fornecida sobre o comprometimento das funções executivas e cognitivas devem ser avaliadas continuamente.
Conhecer e levar em consideração a história da pessoa (individualidade).
Cozinhar
- Dificuldade no reconhecimento dos alimentos e de objetos;
- Queimaduras provocadas durante o manejo de panelas durante a cocção do alimento.
- Dependência total (65%)
- Dependência parcial:
Ajuda (5%)
Supervisão (30%)
Atentar para que, em nome da eficiência e segurança, não sejam impostas restrições muito severas à liberdade a ponto da qualidade de vida tornar-se mínima. Orientar sobre as disfunções executivas avaliadas que podem preceder os distúrbios de memória nas demências.
Escolha de Roupas/Calçados
- Dificuldade na escolha e combinação de roupas e calçados. Tal dificuldade é demonstrada no reconhecimento de objetos para vestir-se.
- Dependência total
(30%)
- Dependência parcial:
Ajuda (5%)
Supervisão (55%)
Estes pacientes devem ser respeitados como um adulto, incluindo o cuidado com a roupa e calçados, devendo estimular na escolha dos mesmos se preservado. Deve ser orientado à família/cuidador sobre as disfunções executivas e auxiliar somente se necessário ou se a dependência for total.
Deambular
Dificuldade para deambular em virtude do seu comprometimento causado pela progressão da Doença de Alzheimer.
- Dependência parcial: supervisão (15%)
O cuidado é desenvolvido no sentido de eliminar objetos que possam prejudicar a deambulação. Orientar familiar/cuidador nas transformações do espaço físico na residência do paciente de forma que não provoque estresse, mas que seja um facilitador nas atividades de vida diária.
Atividades Lúdicas
Capacidade para interação com outros através de jogos (como dominó, cartas), leitura de jornal e TV comprometido.
- Dependência total (85%)
- Dependência parcial: supervisão (10%)
Estimular atividades lúdicas para preservar a capacidade de interação e cognitiva. Deve ser observado quais as funções executivas que estão preservadas para estimular as potencialidades do paciente.
Fonte: CAMACHO, 2010

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