sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Outubro rosa e o câncer de mama em idosas

 


O mês de outubro é mundialmente conhecido como o mês de prevenção ao câncer de mama e tem o principal objetivo de chamar atenção das mulheres para a prevenção e detecção precoce da doença (KARNAKIS, 2022; Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2023). 


O câncer de mama é o tumor mais comum entre as mulheres e apresenta uma maior prevalência em mulheres com mais de 50 anos. Apresenta altas taxas de mortalidade, com mais de 18 mil mortes por ano no Brasil, por esse motivo fazer a detecção precoce e procurar prevenir a doença é essencial para o seu combate (Instituto Nacional do Câncer, 2023). 

Detecção precoce:  (KARNAKIS, 2022; Instituto Nacional do Câncer, 2023)


O autoexame das mamas e autoconhecimento da mulher acerca do seu próprio corpo é essencial para reconhecer qualquer anormalidade em suas mamas, como: caroço fixo e indolor, pele avermelhada, alterações no mamilo, etc.


A mamografia de rastreio é considerada o exame padrão ouro para a detecção da doença e deve ser realizada a cada 2 anos por todas as mulheres, principalmente com idade entre 50 e 69 anos. 


Quanto antes a doença for diagnosticada melhor são as chances de cura e menos agressivo é o tratamento. O diagnóstico precoce permite que a qualidade de vida da mulher não seja tão afetada quando comparada àquelas que fazem o diagnóstico em um estágio avançado (KARNAKIS, 2022).


Fatores de risco (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2023) 


Identificar os fatores de risco também é essencial para prevenir e diagnosticar precocemente, dentre eles estão: 


  • Ser mulher e ter idade superior a 50 anos;

  • Início precoce da menstruação;

  • Ausência de gestações;

  • Obesidade, sedentarismo e tabagismo.


Referências 


KARNAKIS, T. SHIMADA, A. Outubro rosa - câncer de mama na mulher idosa. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 24 de outubro de 2022. Disponível em: https://sbgg.org.br/outubro-rosa-cancer-de-mama-na-mulher-idosa/


SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA. Câncer de mama em idosas: o que eu preciso saber? 27 de outubro de 2023. Disponível em: https://sbgg.org.br/elementor-35798/


INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Câncer de mama. Ministério da Saúde. 02 de outubro de 2023. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/mama


sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Os benefícios da musculação na terceira idade


 Sabe se que, com o aumento da expectativa de vida, a tendência para os próximos anos é de que o número de idosos aumente exponencialmente. Com isso, aumentam  as buscas por atividades físicas que possam ser realizadas pelos idosos para se melhorar a qualidade de vida, dentre elas destaca-se a musculação (SANTOS, 2023).

 

A musculação é uma grande aliada do envelhecimento saudável, estudos apontam que mesmo após os 90 anos de idade ainda é possível aumentar a massa e a força muscular com exercícios adequados, diminuindo diretamente o risco de quedas e de fraturas comuns na terceira idade, aumentando muito a qualidade de vida e independência do idoso (MACHADO, 2016). 


Principais benefícios (SANTOS, 2023)


Dentre os principais benefícios percebidos por estudos, estão: 



  • Maior flexibilidade e capacidade funcional;

  • Maior resistência e disposição;

  • Aumento da autonomia e independência nas tarefas de vida diária realizadas;

  • Melhora da autoestima e nas relações com amigos e familiares;

  • Diminuição da ansiedade e do estresse, prevenindo a depressão;

  • Auxilia no tratamento e previne complicações de doenças crônicas como: hipertensão arterial e diabetes;

  • Maior vontade de viver.


Como foi observado a musculação traz enormes benefícios para a saúde do idoso, porém é importante seja acompanhada e indicada por um profissional que irá saber quais são os melhores exercícios e intensidade apropriadas para cada idoso de forma individual, respeitando suas limitações e necessidades. O exercício quando feito sem auxílio de um profissional capacitado pode causar danos que não são bem vindos, como: fraturas e lesões (SANTOS, 2023; MACHADO, 2016). 




Referências


SANTOS, A. et al. Os benefícios da prática da musculação para melhora da qualidade de vida na terceira idade: uma revisão de literatura. In: KLAUSS, Jaisa; MORAES, Inaldo Kley do Nascimento;  MELLO, Roger Goulart (org.). Ciências da Saúde & Bem-Estar. Vol. 1. e-Publicar, 2023. p. 95-93. Disponível em: https://editorapublicar.com.br/ojs/index.php/publicacoes/article/view/691/365


MACHADO, J. B. SERPA, E. P. Musculação na terceira idade. Rev. Cient. Elet. de Ciências Aplicadas da FAIT. v. 7, n.1, 2016. Disponível em: http://www.fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/j6sSe7hTFYz752r_2020-6-22-16-34-47.pdf


sábado, 12 de outubro de 2024

Demência frontotemporal, o que é?


 A demência frontotemporal (DFT) ocorre a partir de um conjunto de doenças espontâneas e hereditárias que fazem com que os lobos frontal e temporal do cérebro se degenerem. Quando comparada a outros distúrbios demenciais a DFT apresenta uma progressão muito mais rápida e o diagnóstico precoce é imprescindível (HUANG, 2023).


Principais sinais e sintomas: (TEIXEIRA, 2006; HUANG, 2023)


  • Significativa alteração na personalidade e comportamento, maior irritabilidade ou apatia;

  • Comportamento impulsivo e compulsivo;

  • Tendência a negligenciar a higiene pessoal;

  • Aumento do interesse em sexo;

  • Linguagem e fala progressivamente afetadas;

  • Ao contrário da doença de Alzheimer, a memória geralmente não é tão afetada inicialmente.


Principais fatores de risco: (TEIXEIRA, 2006; HUANG, 2023)


  • 50% dos casos de demência frontotemporal (DFT) são hereditários, então ter algum histórico familiar de DFT é um grande fator de risco; 

  • Idade entre 45- 65 anos;

  • Ser do sexo feminino;

  • Trauma cranioencefálico. 


Por se tratar de uma doença crônica e progressiva, o tratamento consiste basicamente em aliviar e controlar os sintomas e medidas de apoio e suporte, focando na qualidade de vida da pessoa acometida e não em seu prolongamento (HUANG, 2023). 



Referências


HUANG, J. Demência frontotemporal. MSD e os Manuais MSD, 2023. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais-da-medula-espinal-e-dos-nervos/delirium-e-dem%C3%AAncia/dem%C3%AAncia-frontotemporal


TEIXEIRA, A. L. SALGADO, J. V. Demência frontotemporal: aspectos clínicos e terapêuticos. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul. v. 28, n. 1, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rprs/a/TnFySsgt58jbFxHX8xC6ghq/#


sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Cuidando de quem cuida

 


Como foi dito na última semana, muitas vezes o cuidador tira o foco da própria vida para se dedicar integralmente a pessoa a quem cuida e vai vivenciando cada perda do doente, lamentando a piora do quadro de saúde do paciente, a limitação de mobilidade ou o declínio das funções cognitivas e se esquecendo de se cuidar (ROSO, 2023).


O cuidador entra em uma fase de luto precoce ao acompanhar o desfecho da vida de quem ele cuida e quando vem a perda final, é muito difícil o processo de luto. Geralmente, sendo mais longo e demorado, ele deixou muito da vida dele para cuidar desta pessoa e a vida pode perder o sentido (ROSO, 2023). 


Por isso, é muito importante que o cuidador saiba se cuidar e respeitar os seus próprios limites. Seguem algumas dicas para quem cuida: (GRATÃO, 2012; ROSO, 2023)


  • Não se esquecer do autocuidado; 

  • Evitar se isolar, sair de casa, visitar e ver amigos sempre que possível;

  • Manter os passatempos e pequenos prazeres mesmo em meio a rotina como: ver um filme, praticar uma atividade física, ler um pouco, passar um café, etc;

  • Aceitar ajuda sempre que for oferecida e não se sobrecarregar;

  • Evitar autocobrança e ter consciência de que está fazendo o melhor que pode;

  • Reconhecer seus limites.


É muito importante que o cuidado possa ser dividido entre os membros da família e não apenas centrado em uma pessoa, se cada um ajudar de alguma forma e tiver uma função definida o cuidado não pesa para ninguém e o processo fica mais leve para todos (GRATÃO, 2012, 2019).





Referências


ROSO, L. O cuidador também precisa de cuidado: conheça os riscos do trabalho sem descanso. GZH zero hora, 2023. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/60-mais/noticia/2023/07/o-cuidador-tambem-precisa-de-cuidado-conheca-os-riscos-do-trabalho-sem-descanso-cljr1i9xs00180150mys7sxl2.html#:~:text=Um%20dos%20maiores%20riscos%20a,in%C3%BAmeras%20consequ%C3%AAncias%20para%20a%20sa%C3%BAde.


GRATÃO, A. C. M. et al. Sobrecarga e desconforto emocional em cuidadores de idosos. Texto Contexto - Enferm. v. 21, n. 2, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/wbT7yCZMDVq5JMSGNbx7vvz/#