quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Como obter fraldas geriátricas grátis pelo SUS?

 


Você sabia que através do Programa Farmácia Popular do Brasil - PFPB é possível obter diversos medicamentos (para hipertensão, diabetes, asma, etc) e fraldas geriátricas de forma gratuita ou a preços populares? O programa existe desde 2004 e funciona em parceria com diversas farmácias credenciadas.


Como acesso ao programa?


Para obter os medicamentos e/ou fraldas geriátricas através do PFPB basta comparecer a um dos estabelecimentos credenciados pelo programa e apresentar os seguintes documentos: 

  • Documento oficial com foto e número do CPF ou documento de identidade em que conste o número do CPF;

  • Receita médica dentro do prazo de validade, tanto do SUS quanto de serviços particulares.

Para obter fraldas geriátricas para incontinência

O paciente deverá ter idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou ser pessoa com deficiência, e deverá apresentar prescrição, laudo ou atestado médico que indique a necessidade do uso de fralda geriátrica, no qual conste, na hipótese de paciente com deficiência, a respectiva Classificação Internacional de Doenças (CID).

E se quem precisa do benefício for uma pessoa acamada ou impossibilitada de comparecer ao estabelecimento?

Nestes casos, basta que o representante legal ou procurador encaminhe-se até um estabelecimento credenciado e identificado pela logomarca do PFPB, e apresente os seguintes documentos:

  • Receita médica dentro do prazo de validade, tanto do SUS quanto de serviços particulares;

  • Documentos de identificação, já listados anteriormente, referentes ao beneficiário titular da receita e também do representante legal;

  • Documentos que comprovem ser o representante legal.

Documentos comprobatórios:

  • Declaração judicial;

  • Portador de instrumento público ou particular de procuração que outorgue plenos poderes ou poderes específicos para aquisição de medicamentos e/ou fralda geriátrica junto ao PFPB;

  • Portador de identidade civil que comprove a responsabilidade pelo menor de idade, titular da receita médica.


A listagem de farmácias credenciadas ao programa está disponível no seguinte link do Ministério da Saúde:


https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf/farmacia-popular/arquivos/farmacias_credenciadas_pfpb_atualizada.xlsx/view


Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Farmácia Popular. 2004?. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf/farmacia-popular


sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Doença de Alzheimer, o que é?

 


A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum em todo o mundo e é caracterizada pela perda progressiva da função mental afetando principalmente a memória, o pensamento e a capacidade de aprender. Se trata de uma doença crônica, ou seja, não possui cura, apenas o tratamento para dar qualidade de vida às pessoas afetadas (HUANG, 2023). 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2022), estima- se que mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com algum tipo de demência e esse número deve triplicar nos próximos anos, com o maior envelhecimento da população. Por isso é muito importante sabermos identificar os sinais e sintomas dessa doença e seus fatores de risco, tudo para que ocorra um diagnóstico precoce da mesma. 


Principais sinais e sintomas  (HUANG, 2023; Associação Brasileira de Alzheimer, 2011)


Os primeiros sinais a aparecerem geralmente são: 

  • O esquecimento de acontecimentos recentes; 

  • Confusão (esquecer que dia é hoje, repetir as mesmas perguntas);

  • Problemas com a linguagem; 

  • Dificuldade com as tarefas diárias;


Com o progresso da doença é normal que estes sinais se agravem, como:

  • Comportamento inapropriado, irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, etc;

  • Dependência de auxílio ou incapacidade para realizar as tarefas diárias; 

  • Dificuldade para encontrar palavras e uso impróprio delas;

  • Tendência a se perder em trajetos que são do costume como: ir ao mercado ou voltar para casa.

 

Principais fatores de risco: (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2022)


  • Ter mais de 65 anos (o risco só aumenta com o avançar da idade);

  • Histórico da doença na família;

  • Sedentarismo, obesidade, fumo, álcool em excesso;

  • Doenças crônicas como: Hipertensão e Diabetes;

  • Depressão e contato social pouco frequente.


Apesar de não ter uma forma de prevenção específica, medidas como: praticar exercícios, manter a mente ativa, se alimentar bem e evitar bebidas alcoólicas podem diminuir os riscos de desenvolver a doença (HUANG, 2023).


Referências


HUANG, J. Doença de Alzheimer.  MSD e os Manuais MSD, 2023. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais-da-medula-espinal-e-dos-nervos/delirium-e-dem%C3%AAncia/doen%C3%A7a-de-alzheimer


SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA. Setembro Lilás – Mês de conscientização da doença de Alzheimer. 6 de setembro de 2022. Disponível em: https://sbgg.org.br/setembro-lilas-mes-de-conscientizacao-da-doenca-de-alzheimer/


Associação Brasileira de Alzheimer. Doença de Alzheimer. BVS Saúde, fevereiro de 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-alzheimer-3/


sexta-feira, 1 de novembro de 2024

O vício do cigarro na terceira idade

 


O tabagismo é a maior causa evitável de doenças, invalidez e mortes prematuras. Mais de 5 milhões de pessoas morrem ao ano em decorrência deste hábito, ele pode reduzir em até 25% o tempo de vida de uma pessoa, as consequências deste hábito ao longo da vida geralmente aparecem na terceira idade (SANTOS, 2017).


O vício do cigarro é considerado um problema de saúde pública no nosso país, visto que impacta diretamente na qualidade de vida da população. Este hábito tem início ainda na juventude e perpassa até a terceira idade. Visto isso, é necessário falar os malefícios que este hábito pode causar na vida de uma pessoa, especialmente na vida de um idoso (ZAITUNE, 2012).


Principais malefícios do cigarro: (PEREIRA, 2019; SANTOS, 2017)


  • Problemas na saúde física: o cigarro aumenta o risco de doenças respiratórias e cardiovasculares, bem como derrame e câncer;


  • Dependência e abstinência: devido à dependência da nicotina, muitos idosos possuem dificuldade em parar de fumar, causando a abstinência e prejudicando a qualidade de vida;


  • Impacto na mobilidade: como dito anteriormente, o cigarro pode reduzir a capacidade pulmonar, bem como a resistência física, o que dificulta nas atividades diárias e do cotidiano;


  • Diabetes e hipertensão: São doenças comuns na terceira idade, no entanto são agravadas pelo tabagismo pois pode levar a quadros irreversíveis na saúde;


  • Fumante passivo: os idosos fumantes podem colocar em risco a vida das pessoas ao seu redor, impactando a saúde de familiares, amigos e cuidadores.


Nunca é tarde para parar de fumar, este ato traz inúmeros benefícios para a saúde não apenas do fumante mas também para aqueles que o cercam. Atualmente existem diversos tratamentos e grupos de apoio para quem desejar cessar esse hábito tão prejudicial e que mata milhares de pessoas por ano, procure uma unidade básica de saúde e peça ajuda de profissionais (ZAITUNE, 2012).


Referências


SANTOS, Mateus Raposo Dos et al. Nível de dependência à nicotina entre idosos. Anais V CIEH. Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em:

https://www.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/34570


ZAITUNE, M. P. Do A. et al. Fatores associados ao tabagismo em idosos: Inquérito de Saúde no Estado de São Paulo. Cadernos de Saúde Pública, v. 28, n. 3, p. 583–596, mar. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/3pJsNpLFSLXz74DFByDh8Ms/#


PEREIRA, R. A. et al. Tabagismo, problema de saúde pública: conhecimento do profissional enfermeiro. Rev. Extensão. v. 3, n.1, p. 93-102, 2019. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/extensao/article/view/1689


sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Outubro rosa e o câncer de mama em idosas

 


O mês de outubro é mundialmente conhecido como o mês de prevenção ao câncer de mama e tem o principal objetivo de chamar atenção das mulheres para a prevenção e detecção precoce da doença (KARNAKIS, 2022; Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2023). 


O câncer de mama é o tumor mais comum entre as mulheres e apresenta uma maior prevalência em mulheres com mais de 50 anos. Apresenta altas taxas de mortalidade, com mais de 18 mil mortes por ano no Brasil, por esse motivo fazer a detecção precoce e procurar prevenir a doença é essencial para o seu combate (Instituto Nacional do Câncer, 2023). 

Detecção precoce:  (KARNAKIS, 2022; Instituto Nacional do Câncer, 2023)


O autoexame das mamas e autoconhecimento da mulher acerca do seu próprio corpo é essencial para reconhecer qualquer anormalidade em suas mamas, como: caroço fixo e indolor, pele avermelhada, alterações no mamilo, etc.


A mamografia de rastreio é considerada o exame padrão ouro para a detecção da doença e deve ser realizada a cada 2 anos por todas as mulheres, principalmente com idade entre 50 e 69 anos. 


Quanto antes a doença for diagnosticada melhor são as chances de cura e menos agressivo é o tratamento. O diagnóstico precoce permite que a qualidade de vida da mulher não seja tão afetada quando comparada àquelas que fazem o diagnóstico em um estágio avançado (KARNAKIS, 2022).


Fatores de risco (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2023) 


Identificar os fatores de risco também é essencial para prevenir e diagnosticar precocemente, dentre eles estão: 


  • Ser mulher e ter idade superior a 50 anos;

  • Início precoce da menstruação;

  • Ausência de gestações;

  • Obesidade, sedentarismo e tabagismo.


Referências 


KARNAKIS, T. SHIMADA, A. Outubro rosa - câncer de mama na mulher idosa. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 24 de outubro de 2022. Disponível em: https://sbgg.org.br/outubro-rosa-cancer-de-mama-na-mulher-idosa/


SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA. Câncer de mama em idosas: o que eu preciso saber? 27 de outubro de 2023. Disponível em: https://sbgg.org.br/elementor-35798/


INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Câncer de mama. Ministério da Saúde. 02 de outubro de 2023. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/mama


sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Os benefícios da musculação na terceira idade


 Sabe se que, com o aumento da expectativa de vida, a tendência para os próximos anos é de que o número de idosos aumente exponencialmente. Com isso, aumentam  as buscas por atividades físicas que possam ser realizadas pelos idosos para se melhorar a qualidade de vida, dentre elas destaca-se a musculação (SANTOS, 2023).

 

A musculação é uma grande aliada do envelhecimento saudável, estudos apontam que mesmo após os 90 anos de idade ainda é possível aumentar a massa e a força muscular com exercícios adequados, diminuindo diretamente o risco de quedas e de fraturas comuns na terceira idade, aumentando muito a qualidade de vida e independência do idoso (MACHADO, 2016). 


Principais benefícios (SANTOS, 2023)


Dentre os principais benefícios percebidos por estudos, estão: 



  • Maior flexibilidade e capacidade funcional;

  • Maior resistência e disposição;

  • Aumento da autonomia e independência nas tarefas de vida diária realizadas;

  • Melhora da autoestima e nas relações com amigos e familiares;

  • Diminuição da ansiedade e do estresse, prevenindo a depressão;

  • Auxilia no tratamento e previne complicações de doenças crônicas como: hipertensão arterial e diabetes;

  • Maior vontade de viver.


Como foi observado a musculação traz enormes benefícios para a saúde do idoso, porém é importante seja acompanhada e indicada por um profissional que irá saber quais são os melhores exercícios e intensidade apropriadas para cada idoso de forma individual, respeitando suas limitações e necessidades. O exercício quando feito sem auxílio de um profissional capacitado pode causar danos que não são bem vindos, como: fraturas e lesões (SANTOS, 2023; MACHADO, 2016). 




Referências


SANTOS, A. et al. Os benefícios da prática da musculação para melhora da qualidade de vida na terceira idade: uma revisão de literatura. In: KLAUSS, Jaisa; MORAES, Inaldo Kley do Nascimento;  MELLO, Roger Goulart (org.). Ciências da Saúde & Bem-Estar. Vol. 1. e-Publicar, 2023. p. 95-93. Disponível em: https://editorapublicar.com.br/ojs/index.php/publicacoes/article/view/691/365


MACHADO, J. B. SERPA, E. P. Musculação na terceira idade. Rev. Cient. Elet. de Ciências Aplicadas da FAIT. v. 7, n.1, 2016. Disponível em: http://www.fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/j6sSe7hTFYz752r_2020-6-22-16-34-47.pdf


sábado, 12 de outubro de 2024

Demência frontotemporal, o que é?


 A demência frontotemporal (DFT) ocorre a partir de um conjunto de doenças espontâneas e hereditárias que fazem com que os lobos frontal e temporal do cérebro se degenerem. Quando comparada a outros distúrbios demenciais a DFT apresenta uma progressão muito mais rápida e o diagnóstico precoce é imprescindível (HUANG, 2023).


Principais sinais e sintomas: (TEIXEIRA, 2006; HUANG, 2023)


  • Significativa alteração na personalidade e comportamento, maior irritabilidade ou apatia;

  • Comportamento impulsivo e compulsivo;

  • Tendência a negligenciar a higiene pessoal;

  • Aumento do interesse em sexo;

  • Linguagem e fala progressivamente afetadas;

  • Ao contrário da doença de Alzheimer, a memória geralmente não é tão afetada inicialmente.


Principais fatores de risco: (TEIXEIRA, 2006; HUANG, 2023)


  • 50% dos casos de demência frontotemporal (DFT) são hereditários, então ter algum histórico familiar de DFT é um grande fator de risco; 

  • Idade entre 45- 65 anos;

  • Ser do sexo feminino;

  • Trauma cranioencefálico. 


Por se tratar de uma doença crônica e progressiva, o tratamento consiste basicamente em aliviar e controlar os sintomas e medidas de apoio e suporte, focando na qualidade de vida da pessoa acometida e não em seu prolongamento (HUANG, 2023). 



Referências


HUANG, J. Demência frontotemporal. MSD e os Manuais MSD, 2023. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais-da-medula-espinal-e-dos-nervos/delirium-e-dem%C3%AAncia/dem%C3%AAncia-frontotemporal


TEIXEIRA, A. L. SALGADO, J. V. Demência frontotemporal: aspectos clínicos e terapêuticos. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul. v. 28, n. 1, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rprs/a/TnFySsgt58jbFxHX8xC6ghq/#


sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Cuidando de quem cuida

 


Como foi dito na última semana, muitas vezes o cuidador tira o foco da própria vida para se dedicar integralmente a pessoa a quem cuida e vai vivenciando cada perda do doente, lamentando a piora do quadro de saúde do paciente, a limitação de mobilidade ou o declínio das funções cognitivas e se esquecendo de se cuidar (ROSO, 2023).


O cuidador entra em uma fase de luto precoce ao acompanhar o desfecho da vida de quem ele cuida e quando vem a perda final, é muito difícil o processo de luto. Geralmente, sendo mais longo e demorado, ele deixou muito da vida dele para cuidar desta pessoa e a vida pode perder o sentido (ROSO, 2023). 


Por isso, é muito importante que o cuidador saiba se cuidar e respeitar os seus próprios limites. Seguem algumas dicas para quem cuida: (GRATÃO, 2012; ROSO, 2023)


  • Não se esquecer do autocuidado; 

  • Evitar se isolar, sair de casa, visitar e ver amigos sempre que possível;

  • Manter os passatempos e pequenos prazeres mesmo em meio a rotina como: ver um filme, praticar uma atividade física, ler um pouco, passar um café, etc;

  • Aceitar ajuda sempre que for oferecida e não se sobrecarregar;

  • Evitar autocobrança e ter consciência de que está fazendo o melhor que pode;

  • Reconhecer seus limites.


É muito importante que o cuidado possa ser dividido entre os membros da família e não apenas centrado em uma pessoa, se cada um ajudar de alguma forma e tiver uma função definida o cuidado não pesa para ninguém e o processo fica mais leve para todos (GRATÃO, 2012, 2019).





Referências


ROSO, L. O cuidador também precisa de cuidado: conheça os riscos do trabalho sem descanso. GZH zero hora, 2023. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/60-mais/noticia/2023/07/o-cuidador-tambem-precisa-de-cuidado-conheca-os-riscos-do-trabalho-sem-descanso-cljr1i9xs00180150mys7sxl2.html#:~:text=Um%20dos%20maiores%20riscos%20a,in%C3%BAmeras%20consequ%C3%AAncias%20para%20a%20sa%C3%BAde.


GRATÃO, A. C. M. et al. Sobrecarga e desconforto emocional em cuidadores de idosos. Texto Contexto - Enferm. v. 21, n. 2, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/wbT7yCZMDVq5JMSGNbx7vvz/#