sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Burnout em cuidadores: sinais de alerta e como buscar ajuda

 


    Cuidar de um familiar que esteja adoecido é um grande ato de amor, mas que exige uma grande dedicação e doação pessoal, de tempo, afeto e carinho. Quando essa dedicação diária não é acompanhada do apoio de outros familiares e autocuidado, o cuidador pode desenvolver o burnout, um estado de esgotamento físico, emocional e mental (ALVES et al, 2019).

    Esse esgotamento é muito comum nos cuidadores que acompanham idosos ou pessoas com doenças crônicas, tanto naqueles que exercem a função de maneira profissional e principalmente os familiares que acabam assumindo essa posição, especialmente nas situações de alta demanda e baixa rede de suporte. É importante entender que burnout não é “fraqueza”: é uma resposta natural a uma carga prolongada de estresse (ALVES et al, 2019).

Principais Sinais de Alerta do Burnout (DA SILVA et al, 2009) 

  • Fadiga constante, mesmo após repouso;

  • Falta de motivação e prazer nas atividades diárias;

  • Irritabilidade e alterações de humor;

  • Sensação de culpa por não fazer “o suficiente”;

  • Problemas de sono;

  • Dores no corpo e outros sintomas físicos persistentes;

  • Isolamento social e sentimento de sobrecarga.

Como buscar ajuda? (TESSAROLO et al, 2024)

  • Reconheça seus limites: ninguém consegue cuidar bem do outro se não cuidar de si;

  • Converse com profissionais: psicólogos, médicos e assistentes sociais podem oferecer orientação e suporte emocional;

  • Compartilhe as responsabilidades: envolva outros familiares, amigos ou redes de apoio;

  • Busque grupos de apoio: compartilhar experiências ajuda a aliviar o peso emocional;

  • Reserve tempo para si mesmo: momentos de lazer e descanso são fundamentais.

  • Informação é proteção: aprender mais sobre a condição da pessoa cuidada facilita o enfrentamento diário;

  • Não hesite em pedir ajuda: o autocuidado é um ato de coragem, não de egoísmo.

Lembre-se de que para cuidar do próximo é necessário estar bem consigo mesmo. Reconhecer os sinais do burnout é o primeiro passo para quebrar o ciclo do esgotamento e buscar uma rotina mais saudável, tanto para o cuidador quanto para quem recebe os cuidados.

Referências

ALVES, L. C. S.; et al. Síndrome de burnout em cuidadores informais de idosos com demência: uma revisão sistemática. Demência & neuropsicologia. v. 13, n. 4, p. 415-421, 2019. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6907708/

DA SILVA, M. J.; et al. Avaliação da Presença da Síndrome de Burnout em Cuidadores de Idosos. Rev. Enfermería Global. n. 16, p. 1-10, 2009. Disponível em: https://scielo.isciii.es/pdf/eg/n16/pt_clinica1.pdf

TESSAROLO, M. M. M.; et al. Síndrome de Burnout em Cuidadores Formais de Idosos: Uma Análise Abrangente da Literatura. Revista Contemporânea. v. 4, n. 3, 2024. Disponível em: https://ojs.revistacontemporanea.com/ojs/index.php/home/article/view/3727/2840

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Idosos LGBT+ e os desafios para combater a invisibilidade

 


Quando falamos sobre envelhecimento, é comum pensarmos em cuidados com a saúde, suporte emocional e convivência social. No entanto, muitos esquecem que há mais questões ao redor dos idosos que sequer são vistos. Estamos falando das pessoas idosas LGBT+, que enfrentam, além dos desafios comuns da idade, uma realidade marcada pela invisibilidade, exclusão e silenciamento. Durante grande parte de suas vidas, essas pessoas foram ensinadas a esconder quem eram para sobreviver. Enfrentaram discriminação, violência e rejeição, muitas vezes dentro da própria família. Com o passar do tempo, muitos passaram a viver isolados, afastados das redes de apoio e invisibilizados pelos serviços de saúde e assistência social (MOTT et al., 2020). 

Mesmo com os avanços nos direitos da população LGBT+, a velhice continua sendo um território onde a diversidade é pouco reconhecida. O idoso LGBT+ muitas vezes não é lembrado nas políticas públicas, não se vê representado nos espaços de convivência, e pode até sentir que precisa “voltar ao armário” para evitar discriminações (PELÚCIO, 2014).

Acolhimento começa no cuidado diário: A invisibilidade institucional também se expressa em atendimentos genéricos, onde o idoso LGBT+ não é levado em consideração como sujeito com necessidades específicas. Garantir o uso do nome social, respeitar sua identidade de gênero e não presumir um modelo heteronormativo de vida são atitudes básicas de acolhimento (BRASIL, 2018).

Reconheça e valorize sua existência: O simples ato de ver e ouvir um idoso LGBT+ já é um ato de resistência. Suas histórias são marcadas por superação e coragem. Validar sua trajetória e respeitar sua identidade é reconhecer sua humanidade.

Romper o isolamento é um ato de cuidado: O isolamento social é uma das maiores consequências da invisibilidade. Incentivar a participação em grupos comunitários, espaços culturais e coletivos LGBT+ na terceira idade é essencial para reconstruir vínculos e fortalecer a autoestima (GONÇALVES, 2020).

Informar é empoderar: A falta de informação sobre seus direitos contribui para que esses idosos permaneçam à margem. O Estatuto do Idoso, a Política Nacional de Saúde LGBT e outras garantias legais precisam ser conhecidas e acessadas. A informação é um passo fundamental para sair da invisibilidade (BRASIL, 2003; BRASIL, 2018).

Tornar visível é tornar digno: Visibilidade não é vaidade: é dignidade. Enxergar o idoso LGBT+ como ele é, com sua identidade, seus afetos, sua história e seus direitos, é uma forma de romper com décadas de apagamento. Toda pessoa tem o direito de envelhecer sendo quem é.

Referências

BRASIL. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). Ministério da Saúde, 2018.


GONÇALVES, I. C. Velhices LGBT+: invisibilidades e possibilidades. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2020.


MOTT, L. et al. Velhices LGBT no Brasil: resistência e desafios. Clam/ALAI, 2020.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Atividades Manuais para os Idosos

 


O envelhecimento, muitas vezes, pode trazer sentimentos de fragilidade e solidão, especialmente por causa dos preconceitos ligados à idade, da aposentadoria e das mudanças nas capacidades físicas. No entanto, essa fase da vida não precisa ser encarada de forma negativa. Esses sentimentos estão frequentemente ligados ao excesso de tempo ocioso, e é aí que as atividades manuais se destacam como ótimas aliadas, promovendo bem-estar, autoestima e contribuindo para um envelhecimento mais ativo e saudável (GUEDES et al, 2011).

As atividades manuais têm se mostrado excelentes opções para promover a saúde física e mental dos idosos, estas atividades vão além de um passatempo agradável, podem contribuir para prevenção de doenças e a capacidade de realizar as atividades de vida diária (FERREIRA, 2022). 


Principais Benefícios das Atividades Manuais (GUEDES et al, 2011)


  • Estímulo à atividade motora fina ajudando a retardar o seu declínio natural;

  • Estímulo à criatividade e expressão pessoal, funcionando como uma espécie de desabafo emocional;

  • Aumento da autoestima e satisfação pessoal;

  • Redução do estresse e ansiedade;

  • Melhora da socialização, especialmente quando realizadas em grupo. 


Quais atividades manuais os idosos podem realizar? (FERREIRA, 2022)


  • Tricô e Crochê: fáceis de começar, com materiais acessíveis, e podem ser realizados em qualquer lugar;

  • Pintura: permite que o idoso expresse suas emoções e melhore a coordenação motora;

  • Marcenaria: trabalhar com madeira pode ser um desafio estimulante e prazeroso, com opções para todos os níveis de habilidade; 

  • Música: nunca é tarde para aprender a tocar um instrumento musical, pode ser a oportunidade de realizar um sonho da juventude, e a música é um excelente passatempo para estimular a coordenação, memória e diversas outras habilidades.


As atividades manuais são muito mais do que simples passatempos elas representam uma ferramenta poderosa para promover um envelhecimento ativo, saudável e feliz. Estimular essas práticas na terceira idade é valorizar a autonomia, a criatividade e o bem-estar emocional da pessoa idosa. Nunca é tarde para descobrir um novo talento ou reencontrar um antigo prazer!  (FERREIRA, 2022)


Referências


GUEDES, M. H. M.; et al. Efeito da prática de trabalhos manuais sobre a autoimagem de idosos. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. v. 14, n. 4, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/4Ps6bTSmgh9yc4cpFTWCBgc/?lang=pt

ESQUIVEL, A. P. S. F.; VELLASCO, T. R. D. Trabalhos manuais: possibilidades para uma longevidade ativa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. v. 8, n. 8, p. 52-67, 2022. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/longevidade-ativa


sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Dicas básicas para quem cuida de idosos em casa

Nem sempre a tarefa de cuidar de uma pessoa idosa é assumida por escolha ou com o preparo necessário. Muitas vezes, filhos, netos, irmãos ou sobrinhos assumem esse papel por amor e necessidade, mesmo sem experiência. Pensando nisso, preparamos este post com dicas valiosas para quem cuida de idosos diariamente, ajudando a tornar esse cuidado mais seguro, humano e acolhedor.


Vejamos algumas destas dicas:


1- Ambiente Seguro


Evite tapetes soltos, instale barras de apoio no banheiro, mantenha os cômodos bem iluminados e facilite o acesso aos objetos de uso diário (Ministério da Saúde, 2023).


2- Mantenha uma rotina


Estabeleça horários para se alimentar, tomar banho, medicamentos e descanso. A rotina previsível traz segurança e bem-estar para a pessoa idosa, principalmente aquelas com alguma síndrome demencial  (Ministério da Saúde, 2023).


3- Alimentação e Hidratação


Ofereça alimentos leves, nutritivos e variados. Ofereça água ao longo do dia, mesmo que o idoso não sinta sede (Ministério da Saúde, 2023).


4- Medicamentos


Sempre respeite os horários dos remédios, conforme a prescrição médica. Use uma caixinha organizadora e confira se o idoso realmente ingeriu o medicamento (IAMSPE, 2014).


5- Estimule a autonomia


Sempre que possível, incentive o idoso a realizar pequenas tarefas por conta própria. Isso reforça a autoestima e preserva sua independência (IAMSPE, 2014).


6- Ouça e respeite a pessoa idosa


Conversar, ouvir com paciência e oferecer companhia é tão importante quanto os cuidados físicos. Estimule vínculos afetivos e os momentos de lazer (IAMSPE, 2014).


Precisamos entender que cuidar de uma pessoa idosa vai muito além de ajudar com a alimentação e remédios. É uma tarefa que exige paciência, carinho, atenção ao físico, às emoções e ao social do idoso. E, acima de tudo, exige informação e preparo (IAMSPE, 2014). 


Referências


Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE). Manual para Cuidadores de Idosos. Governo do Estado de São Paulo, 2014. Disponível em: https://www.iamspe.sp.gov.br/wp-content/uploads/2017/01/Manual-cuidadores.pdf


BRASIL, Ministério da Saúde. Guia de Cuidados para a Pessoa Idosa. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. 2023. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_cuidados_pessoa_idosa.pdf

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Você sabe quais são os direitos da pessoa idosa?


 

Antes de falarmos sobre os principais direitos da pessoa idosa, é importante entender quem ela é. No Brasil, são consideradas idosas todas as pessoas com 60 anos ou mais. Elas têm seus direitos assegurados pelo Estatuto da Pessoa Idosa (Lei nº 10.741/2003), e esses direitos precisam ser respeitados e garantidos por toda a sociedade (Silva et al, 2024?).


Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade  (Conselho Estadual dos Direitos do Idoso/ PR)


A pessoa idosa tem o direito de ser livre, namorar, viajar, passear e gastar seu dinheiro como bem entender, mesmo sem autorização da família, salvo em caso de interdição judicial.


  • Prédios, lojas, e qualquer local onde ocorra atendimento ao público devem garantir a acessibilidade. Obstáculos e degraus que limitem o acesso precisam ser retirados; 

  • A pessoa idosa tem o direito de gastar o seu dinheiro como quiser; 

  • É crime se apropriar de bens e rendimentos de pessoas idosas. O cidadão com mais de 60 anos tem direito de gestão sobre seus recursos e vida financeira, salvo em caso de interdição judicial.


Direito à Saúde  (Conselho Estadual dos Direitos do Idoso/ PR)


  • A garantia de acesso à saúde por meio do SUS, incluindo atenção especial às doenças que afetam principalmente pessoas idosas. O atendimento deve ser prioritário; 

  • É dever do poder público fornecer gratuitamente às pessoas idosas medicamentos de uso contínuo, próteses, órteses e tratamentos específicos, como o de reabilitação; 

  • É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade;

  • Em caso de internamento, a pessoa idosa tem direito a um acompanhante.


Direito ao Trabalho e a Cultura (Conselho Estadual dos Direitos do Idoso/ PR)


  • Cabe ao poder público garantir mecanismos para impedir a discriminação da pessoa idosa quanto à sua participação no mundo de trabalho;

  • Negar emprego ou trabalho a alguém por causa da idade é crime;

  • Em concurso público, caso haja empate entre dois candidatos, o critério de desempate é a idade. A preferência de convocação é para a pessoa com idade mais elevada; 

  • A pessoa idosa tem desconto de 50% em ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, além de preferência na fila, no estacionamento e no acesso a esses locais; 

  • É obrigação do Estado estimular a pessoa idosa a produzir e desfrutar de bens culturais, além de valorizar a transmissão de memórias e histórias.


Esses são apenas alguns dos direitos das pessoas idosas que muitas vezes passam despercebidos! Se você é uma pessoa idosa e esse post foi útil para você, deixe um comentário! Quer ver uma segunda parte com outros direitos? Conta pra gente nos comentários também!


Referências


SILVA, M. M. A. et al. Guia de Direitos da Pessoa Idosa: Proteção, Cidadania e Dignidade. Defensoria Pública do Estado da Paraíba. 2024? Disponível em: https://defensoria.pb.def.br/wp-content/uploads/2024/09/Cartilha_Dia_Internacional_da_pessoa_Idosa-4.pdf


Conselho Estadual dos Direitos do Idoso. Conhecendo os Direitos da Pessoa Idosa. Governo do Estado do Paraná. 2024?. Disponível em: https://www.cedipi.pr.gov.br/sites/cedi/arquivos_restritos/files/documento/2021-02/cartilhadireitospessoaidosa.pdf

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Como o cuidador pode preservar sua saúde emocional


 

    Muito se fala sobre os cuidados e a atenção que devemos ter com os idosos, mas não podemos esquecer das pessoas que muitas vezes dedicam suas vidas aos cuidados desses idosos abrindo mão de si mesmo e suas preferências. Muitos dos cuidadores assumem esse papel sem nenhum treinamento formal e passam por situações que resultam em altos níveis de estresse e desgaste emocional (SILVA, 2024).

O apoio social e emocional é essencial para estas pessoas, porém não raro o que observamos é a falta de uma rede de apoio e suporte familiar, de amigos e até mesmo da comunidade. Nosso objetivo com este post é justamente trazer algumas dicas e informações úteis para auxiliar o cuidador a lidar com toda essa sobrecarga emocional (SILVA, 2024).


Busque informações: é essencial que o cuidador conheça a quem cuida, busque informações a respeito da condição e da perspectiva a curto, médio e longo prazo de sua condição. Isso pode prevenir a surpresa e o estresse em caso de alguma emergência e mal estar (Ministério da Saúde, 2008).  


Participe de grupos de apoio: geralmente são grupos formados por associações voltadas para a condição específica do idoso cuidado e são facilmente encontrados por pesquisas na internet. Estes grupos oferecem um grande apoio e identificação com pessoas que passam pelas mesmas situações e dificuldades que você (Ministério da Saúde, 2008). 


Procure seus direitos: existem diversos direitos relacionados ao cuidador. Caso o idoso e sua família não tenham condições de sustento necessárias, essa função fica a cargo do poder público, que deve assegurar o benefício mensal de 1 salário mínimo. Outros gastos em relação ao cuidado, como medicamentos, fraldas, cadeira de rodas e cadeira de banho, também podem ser amenizados através de um processo administrativo (Ministério da Saúde, 2008).


Para finalizar, é essencial que você separe um tempo para si mesmo, pois ninguém tem condição de cuidar de uma pessoas 24h por dia, sete dias na semana. Lembre-se: você não dá aquilo que não tem, separe um tempo para o seu lazer: passear, ver os amigos, assistir um filme, etc. Você com certeza faz o seu melhor, não se sinta culpado por tirar um tempo para você! (SILVA, 2024)


Referências


SILVA, P. P. C.; et al. Cuidar de quem cuida: estratégias psicossociais na promoção da saúde mental de cuidadores de idosos. Revista FT. v. 28, n. 139, 2024. Disponível em: https://revistaft.com.br/cuidar-de-quem-cuida-estrategias-psicossociais-na-promocao-da-saude-mental-de-cuidadores-de-idosos/


BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia prático do cuidador / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Produtos pensados na segurança e conforto do idoso

 


    Com o envelhecimento nosso corpo passa por uma série de mudanças naturais que resultam em uma série de alterações nas capacidades físicas, sensoriais e cognitivas. As alterações físicas em especial, tem grande impacto na autonomia do idoso, pois ocorre uma diminuição geral da força muscular, destacando a força de preensão palmar e nos membros inferiores que pode causar dificuldades no equilíbrio e diminuir a velocidade de marcha (MEDOLA, 2021).


Como dito, estas alterações impactam diretamente na qualidade de vida do idoso e interferem com sua segurança e conforto, podem aumentar o risco de quedas e diminuir a participação em atividades familiares como auxiliar em um almoço da família, etc. Felizmente, atualmente existem diversos produtos que são desenvolvidos especialmente para atender a estas necessidades, nosso objetivo no post de hoje é apresentar um pouco destes produtos que auxiliam tanto na rotina quanto na segurança do idoso (MEDOLA, 2021). 


Os produtos estão listados em categorias de acordo com suas funções:


Facilitadores das atividades diárias (GRUBER, 2017)

  • Talheres com cabos grossos e antiderrapantes: ideais para quem tem fraqueza ou tremores;

  • Copos com alça e tampa antivazamento: evitam acidentes durante a alimentação;

  • Abridores ergonômicos de potes: reduzem o esforço e o risco de lesões.


Mobilidade e locomoção (MEDOLA, 2021)


  • Andadores, bengalas e muletas com ajuste de altura: para quem precisa de apoio ao caminhar;

  • Cadeiras de rodas dobráveis e leves: mais praticidade no transporte;

  • Calçados com solado antiderrapante: evita quedas e dão mais conforto aos pés;

  • Elevadores ou plataformas residenciais: para casas com escadas.


Conforto e bem-estar (GRUBER, 2017)


  • Colchões ortopédicos e antiescaras: evitam dores e feridas em idosos com mobilidade reduzida;

  • Travesseiros anatômicos: ajudam na postura e no sono de qualidade;

  • Roupas com velcro ou zíper frontal: facilitam a vestir, especialmente nos casos de limitação de movimentos;

  • Meias com sola antiderrapante: evitam escorregões dentro de casa.

Apesar de serem alterações extremamente simples, elas têm a capacidade de auxiliar e muito a vida diária de um idoso, entregando de volta a autonomia e o integrando na sociedade e família, sendo um membro ativo nestas comunidades. Valorizar a segurança e o conforto na rotina da terceira idade é um gesto de cuidado, atenção e respeito! (MEDOLA, 2021) 


Referências


MEDOLA, F. O. Desgin de Produtos Assistivos para Idosos. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento. v. 25, 2021. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/118155


GRUBER, C.; et al. O vestir na vida dos idosos: contribuições da ergonomia e das tecnologias assistivas. ModaPalavra e-periódico. n. 19, p. 149-178, 2017. Disponível em:  https://www.redalyc.org/journal/5140/514054176011/html/