sábado, 28 de dezembro de 2024

Cuidados paliativos e qualidade de vida




Existem muitas doenças e condições em que não se tem um tratamento curativo eficaz, como é o caso da Doença de Alzheimer. Nesses casos podem ser indicados os Cuidados Paliativos visando a melhora na qualidade de vida, o alívio da dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais (SILVEIRA & PEREIRA, 2022).
Os cuidados paliativos são personalizados e exclusivos para cada indivíduo, sendo realizados por toda uma equipe envolvendo enfermeiros, médicos, psicólogos, fisioterapeutas, etc. Essa abordagem integral propicia um grande conforto tanto para a pessoa quanto para a família, auxiliando em todos o processo de adoecimento e propiciando um fim de vida digno e saudável dentro das limitações (GUIMARÃES et al, 2020).
É importante compreender que estes cuidados não são planejados apenas nos estágios finais de uma doença ou no fim de vida, eles devem ser construídos ainda no estágio inicial do processo, sendo a comunicação essencial. A pessoa precisa compreender o caminho que irá seguir e incentivá-los a planejar com  antecedência  suas  questões  financeiras,  local  preferido  de  residência  e  aceitação  de  intervenções médicas quando a demência ou outra condição se tornar grave (GUIMARÃES et al, 2020).
A espiritualidade também é um tema central e que deve ser construída e incluída em todo o processo, sendo essencial para controle das dores emocionais, relacionamentos envolvidos no processo de cuidado e a compreensão do processo de finitude propiciando paz, tranquilidade e conforto emocional no fim de vida (SILVEIRA & PEREIRA, 2022).
Com isso pode-se entender toda a importância e relevância dos cuidados paliativos às pessoas com doenças crônicas e incapacitantes, sendo indicados ainda no começo do tratamento. Caso tenha interesse em receber este tipo de tratamento, converse com o profissional de saúde que acompanha você ou um familiar.

Referências
SILVEIRA, C. R.; PEREIRA, E. F. Alzheimer: cuidados paliativos para pacientes em fase terminal. Research, Society and Development. v. 11, n. 14, p. 1-14, 2022. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36767/30589
GUIMARÃES, T. M. R. et al. Assistência de enfermagem aos pacientes com Doença de Alzheimer em cuidados paliativos: revisão sistemática. Revista Eletrônica Acervo Saúde. n. 38, p. 1-10, 2020. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/1984/1221

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, o que é?

 


O que conhecemos como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), na realidade, é um conjunto de doenças respiratórias caracterizadas por obstruir cronicamente as vias aéreas, dentre elas estão a bronquite crônica e o enfisema pulmonar (Ministério da Saúde, 2022). 

A DPOC é a terceira causa de mortes no mundo, seu início é bem lento e progressivo estando muito associada ao tabagismo e outras substâncias tóxicas que levam a uma inflamação dos pulmões, quando se tem esse hábito por muitos anos a inflamação se torna crônica e irreversível mesmo cessando o hábito de fumar, nos casos graves e avançados, leva a insuficiência respiratória e morte (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2018). 


Principais sinais e sintomas: (WISE, 2024)


  • Tosse com secreção, crônica e que piora pela manhã;

  • Falta de ar aos esforços (em estágios avançados a falta de ar ocorre aos mínimos esforços);

  • Pigarro;

  • Dor de cabeça pelas manhãs;

  • Tendência a respirar com lábios franzidos e dificuldade para dormir na posição deitada.


Principais fatores de risco: (WISE, 2024)


  • O tabagismo é o principal fator de risco associado a DPOC, a gravidade da doença é diretamente associada à quantidade e tempo de tabagismo;

  • Outros tipos de fumo (cachimbo, maconha, narguile e fumo passivo);

  • Exposição a poluição ambiental, resíduos de queimadas e uso de lenha para cozinhar;

  • Trabalhadores de minas e lavouras que inalam diariamente resíduos tóxicos como agrotóxicos e carvão mineral.


O tratamento consiste na cessação imediata do tabagismo e alívio dos sintomas através de medicamentos e oxigenoterapia. Quanto antes o tabagismo for cessado melhor será o prognóstico da pessoa com DPOC, vale lembrar que independente do estágio da doença, cessar o tabagismo sempre trará benefícios (Ministério da Saúde, 2022). 


Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Você sabe o que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica? Brasília, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-parar-de-fumar/noticias/2022/voce-sabe-o-que-e-a-doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica


Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): 21 de novembro. SBPT, novembro de 2018. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/dia-mundial-dpoc-2018/


WISE, R. A. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). MSD e os Manuais MSD, 2024. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/searchresults?query=doen%c3%a7a+pulmonar+obstrutiva+cr%c3%b4nica+(dpoc)&icd9=491.2%3b492%3bmm1133%3bmm1134


sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Idosos e sexualidade

 


O rápido envelhecimento populacional é, provavelmente, o aspecto mais importante e dinâmico da demografia moderna e, como resultado, é grande sua influência na saúde pública. Se espera que em 40 anos, 22% da população total tenha pelo menos 60 anos de idade (ANDRADE et al., 2017).

No contexto da sexualidade, pesquisadores têm indicado que os idosos continuam sendo sexualmente ativos, com desejos e prazeres, e vivenciam a prática sexual, frequentemente de forma insegura, muitas vezes por acharem que não estão mais vulneráveis às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ANDRADE et al., 2017).

O uso de preservativos não é tão frequente nessa população e chega a ser seis vezes menor quando comparado a população de jovens, os números de casos de sífilis e outras IST´s são alarmantes nessa população, sendo os números de casos de AIDS maior que a população jovem (SALES et al., 2021; ROSA et al., 2021).

O que fazer?

  • Reforçar a importância do uso de preservativos e conhecer os parceiros com quem se relaciona é essencial;

  • Explicar o que são as IST’s e como elas podem aparecer;

  • Fazê-lo compreender que as IST’s atingem as pessoas independente da idade.

É importante compreender que velhice é uma etapa com modos de agir, pensar e expressar- se específico e que a sexualidade está presente nela, indo além da relação sexual, sendo algo interessante e sadio quando realizado de maneira segura, por isso é essencial discutir a saúde sexual e métodos de prevenção junto dos idosos  (ROSA et al., 2021).

Referências:

ANDRADE, J. et al. Vulnerabilidade de idosos a infecções sexualmente transmissíveis. Acta Paulista de Enfermagem, v. 30, n. 1, jan. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/NXypD4MRzpP6jtnp3xbHZHm/

SALES, L. B. et al. Fatores associados à propagação de infecções sexualmente transmissíveis entre idosos no Brasil: uma revisão da literatura. Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica de Ceres, v. 10, n. 1, p. 26-45, 2021. Disponível em: https://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/refacer/article/view/5878

ROSA, R. J. S. et al. Infecções sexualmente transmissíveis em idosos: revisão integrativa da literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 12, p. 1-12, 2021. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/9052/5676


sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Infecção urinária em idosos, sintomas e prevenção!

 


Os idosos são a população que mais apresenta fatores de risco para o desenvolvimento das infecções de trato urinário, como a queda da imunidade relacionada à idade, as alterações no funcionamento do sistema urinário, a imobilidade e a presença de doenças sistêmicas (CORRÊA; MONTALVÃO, 2010).

O quadro de infecção urinária em idosos geralmente se manifesta com sinais e sintomas atípicos, caracterizada pelo aparecimento ou agravo da incontinência urinária, sem a presença de febre ou outros sintomas típicos de processo infeccioso, dificultando o diagnóstico precoce e consequentemente seu tratamento (PINHA et al, 2023).

Principais sintomas: (PINHA et al, 2023)

  • Dor ao urinar com ardência e queimação; 

  • Urgência para urinar e urina em pequena quantidade; 

  • Ir várias vezes ao banheiro; 

  • Sensação de não esvaziamento da bexiga; 

  • Febre; 

  • Incontinência urinária (perda involuntária da urina).

Os idosos podem não apresentar os sintomas típicos da doença por isso fique atento a alguns sinais:  (PINHA et al, 2023)

  • Mal-estar indefinido; 

  • Falta de apetite; 

  • Fraqueza; 

  • Calafrios; 

  • Confusão mental.

Como prevenir a infecção urinária: (CORRÊA; MONTALVÃO, 2010; PINHA et al, 2023)

  • Ingerir bastante líquidos (média 2 litros dia); 

  • Não segure a urina, vá ao banheiro sempre que tiver vontade; 

  • Cuidados com a higiene pessoal.

Alimentos que podem piorar a infecção urinária: (PINHA et al, 2023)

  • Refrigerantes com cafeína; 

  • Embutidos: linguiça, mortadela, presunto e etc; 

  • Alimentos picantes; 

  • Café; 

  • Frutas ácidas; 

  • Açúcares; 

  • Adoçantes artificiais; 

  • Carne vermelha.

A infecção urinária representa uma grande causa de morte nos idosos principalmente pelo fato de ser silenciosa e agravar rapidamente, por isso, em caso de qualquer um dos sintomas acima, procure a unidade básica de saúde mais próxima (CORRÊA; MONTALVÃO, 2010).

Referências

CORRÊA, E. F.; MONTALVÃO, E. R. Infecção do trato urinário em geriatria. Revista de Ciências Ambientais e Saúde, v. 37, n. 4, 2010. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/estudos/article/view/1831/1135

PINHA, T. A. O.; SEIMA, M. D.; MOTTIN, J. V. Elaboração de um guia educativo para idosos da comunidade sobre infecção urinária. International Journal of Health Management. v. 9, n. 2, p. 01-15, 2023. Disponível em: https://ijhmreview.org/ijhmreview/article/view/349/264