- Este Blog trata de assuntos sobre a Doença de Alzheimer e Outros Distúrbios Demenciais além dos cuidados de Enfermagem, resultado da Tese de Doutorado da Prof.ª Alessandra Camacho pela EEAN/UFRJ. - Divulga as Produções acadêmicas do Programa e de assuntos relacionados às Síndromes Demenciais além de atividades desenvolvidas no Pró-cuidem: Ações facilitadoras para cuidadores de pessoas com demencias e no CASIC (Centro de Atenção à Saúde do Idoso e seus Cuidadores).
sábado, 28 de dezembro de 2024
Cuidados paliativos e qualidade de vida
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, o que é?
O que conhecemos como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), na realidade, é um conjunto de doenças respiratórias caracterizadas por obstruir cronicamente as vias aéreas, dentre elas estão a bronquite crônica e o enfisema pulmonar (Ministério da Saúde, 2022).
A DPOC é a terceira causa de mortes no mundo, seu início é bem lento e progressivo estando muito associada ao tabagismo e outras substâncias tóxicas que levam a uma inflamação dos pulmões, quando se tem esse hábito por muitos anos a inflamação se torna crônica e irreversível mesmo cessando o hábito de fumar, nos casos graves e avançados, leva a insuficiência respiratória e morte (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2018).
Principais sinais e sintomas: (WISE, 2024)
Tosse com secreção, crônica e que piora pela manhã;
Falta de ar aos esforços (em estágios avançados a falta de ar ocorre aos mínimos esforços);
Pigarro;
Dor de cabeça pelas manhãs;
Tendência a respirar com lábios franzidos e dificuldade para dormir na posição deitada.
Principais fatores de risco: (WISE, 2024)
O tabagismo é o principal fator de risco associado a DPOC, a gravidade da doença é diretamente associada à quantidade e tempo de tabagismo;
Outros tipos de fumo (cachimbo, maconha, narguile e fumo passivo);
Exposição a poluição ambiental, resíduos de queimadas e uso de lenha para cozinhar;
Trabalhadores de minas e lavouras que inalam diariamente resíduos tóxicos como agrotóxicos e carvão mineral.
O tratamento consiste na cessação imediata do tabagismo e alívio dos sintomas através de medicamentos e oxigenoterapia. Quanto antes o tabagismo for cessado melhor será o prognóstico da pessoa com DPOC, vale lembrar que independente do estágio da doença, cessar o tabagismo sempre trará benefícios (Ministério da Saúde, 2022).
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Você sabe o que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica? Brasília, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-parar-de-fumar/noticias/2022/voce-sabe-o-que-e-a-doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): 21 de novembro. SBPT, novembro de 2018. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/dia-mundial-dpoc-2018/
WISE, R. A. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). MSD e os Manuais MSD, 2024. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/searchresults?query=doen%c3%a7a+pulmonar+obstrutiva+cr%c3%b4nica+(dpoc)&icd9=491.2%3b492%3bmm1133%3bmm1134
sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
Idosos e sexualidade
O rápido envelhecimento populacional é, provavelmente, o aspecto mais importante e dinâmico da demografia moderna e, como resultado, é grande sua influência na saúde pública. Se espera que em 40 anos, 22% da população total tenha pelo menos 60 anos de idade (ANDRADE et al., 2017).
No contexto da sexualidade, pesquisadores têm indicado que os idosos continuam sendo sexualmente ativos, com desejos e prazeres, e vivenciam a prática sexual, frequentemente de forma insegura, muitas vezes por acharem que não estão mais vulneráveis às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ANDRADE et al., 2017).
O uso de preservativos não é tão frequente nessa população e chega a ser seis vezes menor quando comparado a população de jovens, os números de casos de sífilis e outras IST´s são alarmantes nessa população, sendo os números de casos de AIDS maior que a população jovem (SALES et al., 2021; ROSA et al., 2021).
O que fazer?
Reforçar a importância do uso de preservativos e conhecer os parceiros com quem se relaciona é essencial;
Explicar o que são as IST’s e como elas podem aparecer;
Fazê-lo compreender que as IST’s atingem as pessoas independente da idade.
É importante compreender que velhice é uma etapa com modos de agir, pensar e expressar- se específico e que a sexualidade está presente nela, indo além da relação sexual, sendo algo interessante e sadio quando realizado de maneira segura, por isso é essencial discutir a saúde sexual e métodos de prevenção junto dos idosos (ROSA et al., 2021).
Referências:
ANDRADE, J. et al. Vulnerabilidade de idosos a infecções sexualmente transmissíveis. Acta Paulista de Enfermagem, v. 30, n. 1, jan. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/NXypD4MRzpP6jtnp3xbHZHm/.
SALES, L. B. et al. Fatores associados à propagação de infecções sexualmente transmissíveis entre idosos no Brasil: uma revisão da literatura. Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica de Ceres, v. 10, n. 1, p. 26-45, 2021. Disponível em: https://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/refacer/article/view/5878
ROSA, R. J. S. et al. Infecções sexualmente transmissíveis em idosos: revisão integrativa da literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 12, p. 1-12, 2021. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/9052/5676
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
Infecção urinária em idosos, sintomas e prevenção!
Os idosos são a população que mais apresenta fatores de risco para o desenvolvimento das infecções de trato urinário, como a queda da imunidade relacionada à idade, as alterações no funcionamento do sistema urinário, a imobilidade e a presença de doenças sistêmicas (CORRÊA; MONTALVÃO, 2010).
O quadro de infecção urinária em idosos geralmente se manifesta com sinais e sintomas atípicos, caracterizada pelo aparecimento ou agravo da incontinência urinária, sem a presença de febre ou outros sintomas típicos de processo infeccioso, dificultando o diagnóstico precoce e consequentemente seu tratamento (PINHA et al, 2023).
Principais sintomas: (PINHA et al, 2023)
Dor ao urinar com ardência e queimação;
Urgência para urinar e urina em pequena quantidade;
Ir várias vezes ao banheiro;
Sensação de não esvaziamento da bexiga;
Febre;
Incontinência urinária (perda involuntária da urina).
Os idosos podem não apresentar os sintomas típicos da doença por isso fique atento a alguns sinais: (PINHA et al, 2023)
Mal-estar indefinido;
Falta de apetite;
Fraqueza;
Calafrios;
Confusão mental.
Como prevenir a infecção urinária: (CORRÊA; MONTALVÃO, 2010; PINHA et al, 2023)
Ingerir bastante líquidos (média 2 litros dia);
Não segure a urina, vá ao banheiro sempre que tiver vontade;
Cuidados com a higiene pessoal.
Alimentos que podem piorar a infecção urinária: (PINHA et al, 2023)
Refrigerantes com cafeína;
Embutidos: linguiça, mortadela, presunto e etc;
Alimentos picantes;
Café;
Frutas ácidas;
Açúcares;
Adoçantes artificiais;
Carne vermelha.
A infecção urinária representa uma grande causa de morte nos idosos principalmente pelo fato de ser silenciosa e agravar rapidamente, por isso, em caso de qualquer um dos sintomas acima, procure a unidade básica de saúde mais próxima (CORRÊA; MONTALVÃO, 2010).
Referências
CORRÊA, E. F.; MONTALVÃO, E. R. Infecção do trato urinário em geriatria. Revista de Ciências Ambientais e Saúde, v. 37, n. 4, 2010. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/estudos/article/view/1831/1135
PINHA, T. A. O.; SEIMA, M. D.; MOTTIN, J. V. Elaboração de um guia educativo para idosos da comunidade sobre infecção urinária. International Journal of Health Management. v. 9, n. 2, p. 01-15, 2023. Disponível em: https://ijhmreview.org/ijhmreview/article/view/349/264