quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Cuidados com administração de medicamentos

       O medicamento de forma geral é toda substância ou associação de substâncias com propriedades curativas ou preventivas de doenças ou seus sintomas em seres humanos.
       Estudos apontam que pessoas idosas fazem uso de mais de 3 tipos de medicamentos por dia, com o objetivo de melhorar as questões referentes à saúde.  Sabe-se também que quanto maior o número de medicamentos utilizados, maior a chance de erro na sua administração, seja na dose, no horário ou no tipo de remédio. Isso pode acontecer tanto por parte do idoso, na auto-administração da medicação, quanto por parte do cuidador, que pode estar sobrecarregado com outras tarefas.
   No caso de idosos com algum tipo de demência, a atenção deve ser redobrada por parte do cuidador, pois se trata de uma pessoa que tem perda das suas capacidades funcionais. 
     Pensando em prevenir possíveis eventos relacionados à administração de medicamentos, listamos abaixo algumas medidas fundamentais para o uso correto das medicações:

- coloque os medicamentos em uma caixa com tampa (plástica ou papelão), ou vidro com tampa, tomando o cuidado de usar caixas diferentes para medicamentos dados pela boca, para material de curativo e material/medicamentos para inalação. Assim, torna-se mais higiênico e evita-se confundir o meio de administração do medicamento; 
-  converse com o médico ou enfermeira responsável sobre a possibilidade de dividir as medicações em horários padronizados quando necessário, como por exemplo café da manhã, almoço e jantar, e faça uma lista do que pode e do que não pode ser dado no mesmo horário. Para facilitar, você pode dividir a caixa em compartimentos, e colocar os respectivos medicamentos nos respectivos horários.
-  mantenha os medicamentos nas caixas/frascos originais para evitar misturas e realizar o controle da data de validade quando não houver uma embalagem adequada e com informações claras, na qual os remédios possam ser colocados;
- mantenha os medicamentos em local seco, arejado, longe do sol, de crianças e animais domésticos;
- deixe somente a última receita junto à caixa de medicamentos. Isto evita confusão quando há troca de medicamentos ou receitas, facilita a consulta em caso de dúvidas ou quando solicitado pelo profissional de saúde;
não acrescente, substitua ou retire medicamentos sem antes consultar um profissional de saúde;
evite dar medicações no escuro, para não correr o risco de trocas perigosas;
-  mantenha uma lista atualizada sobre todas as medicações em uso. Isso pode facilitar as informações na hora da reconsulta, além de fazê-lo entender melhor e manter um controle sobre os medicamentos que estão sendo usados;
- sempre esclareça suas dúvidas com a enfermeira ou o médico.

Referências: Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. Cuidados com a administração de medicamentos. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/legislacao/pdf/manual-do-cuidadora-da-pessoa-idosa


sábado, 26 de novembro de 2016

Memória: como funciona?

       O nosso cérebro tem a capacidade de armazenar as informações sob duas formas:
- Memória de procedimento: armazena os dados de atividades realizadas constantemente. Nela se incluem todas as habilidades motoras, sensitivas e intelectuais;

- Memória declarativa: armazena os dados por meio dos sentidos do cérebro como associação de dados, dedução e criação de idéias. Nela estão presentes os fatos vivenciados pela pessoa (memória episódica) e de informações adquiridas pela transmissão do saber de forma escrita, visual e sonora (memória semântica). 

*Amnésia x Esquecimento
  
    A amnésia é definida como uma condição patológica em que a pessoa perde a capacidade de armazenar informações novas ou de evocar as antigas. Esse quadro tem diversos tipos de causas, podendo ser transitória ou permanente.
   Já o esquecimento é caracterizado como uma falha na retenção ou evocação dos dados da memória. Trata-se de fenômeno muito comum que, em maior ou menos grau, ocorre com qualquer pessoa. Mas também deve ser investigada a sua causa.

   Sabe-se que o desuso é um fator condicionante destas situações, portanto é fundamental estimular a memória com atividades manuais e mentais.

Referências: Sociedade Brasileira de Neurociência. Disponível em: http://www.sbneurociencia.com.br/html/a10.htm 

domingo, 6 de novembro de 2016

Descoberta nova droga capaz de impedir formação da proteína causadora do Alzheimer 
Uma droga experimental se mostrou capaz de impedir a formação de uma proteína tóxica no cérebro humano, minimizando significativamente uma das principais causas do mal de Alzheimer.
O sucesso inicial, com um grupo de 32 pacientes que sofrem da doença degenerativa, levou os cientistas a testá-la em 2.000 pessoas. Se funcionar, a substância poderá chegar ao mercado.
Os resultados foram descritos na edição desta semana da revista "Science Translational Medicine" por uma equipe ligada ao Departamento de Neurociência da empresa farmacêutica Merck.
O estudo é importante porque ninguém ainda havia achado um meio seguro de interferir na formação da proteína beta-amiloide.
Ela forma grandes placas no cérebro de quem sofre de alzheimer e leva à mortandade em massa dos neurônios (o que explica a perda de memória e outros sintomas).
Acredita-se que um dos processos que desencadeiam o mal de Alzheimer seja a produção exagerada ou a falta de degradação (a "reciclagem" natural do organismo) da molécula.
Isso indicaria que, nas pessoas com a doença, acontece algo errado quando o organismo está produzindo a beta-amiloide a partir de uma molécula que funciona como matéria-prima dela –a APP (veja infográfico).
Uma ideia óbvia seria interferir numa das tesouras moleculares que cortam a APP e produzem a beta-amiloide. Se a tesoura não corta direito, a quantidade de beta-amiloide diminui.
Na prática, achar uma substância que realizasse esse papel com eficácia e poucos efeitos colaterais não foi brincadeira. Após achar uma molécula com essa capacidade, mas não muito eficiente, os cientistas passaram a modificá-la em laboratório, até chegar à nova droga que está em teste: a verubecestate.
É importante destacar que ainda está em fase de descoberta e testes mas que trás um novo olhar ao paciente portador de Alzheimer.
Referências: Folha de São Paulo online. Disponível em: http://m.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/11/1828861-nova-droga-impede-formacao-de-proteina-que-causa-alzheimer.shtml?cmpid=facefolha