sexta-feira, 27 de setembro de 2019

QUEDAS: UMA QUESTÃO DE PREVENÇÃO


Uma queda não é apenas um evento que pode gerar consequências físicas, pois a partir disso, o idoso acaba perdendo um pouco da sua autonomia e se tornando mais dependente do outro. As consequências psíquicas e sociais estão fortemente relacionadas ao evento da queda.

Ao contrário do que muitos pensam, para prevenir uma queda, não basta apenas proporcionar um ambiente seguro, amplo, iluminado e com barras de apoio, pois na presença de obstáculos simples, os  jovens não caem devido aos seus recursos (musculatura, equilíbrio, reflexos) que os protegem e esses recursos podem ser buscados/trabalhado pelos mais velhos para que seja evitado uma possível queda.


Normalmente, idosos possuem uma chance maior de cair uma vez que acumulam uma série de fatores de risco classificados como intrínsecos (que são as dificuldades individuais de cada um) ou extrínsecos (que são as dificuldades encontrados no próprio meio ambiente). São eles:



FATORES EXTRÍNSECOS
FATORES INTRÍNSECOS
      1)  Piso escorregadio
1-    Doenças
            2) Calçado inapropriado
2-    Medicações
             3) Tapete dobrado
3-    Alterações Sensoriais (perda da visão/audição)

4-    Força muscular



           
Dessa forma, compreendendo melhor o motivo das quedas, pode-se adotar intervenções mais eficazes para então prevenir as quedas.


Cabe ao profissional especialista na área da geriatria/gerontologia, abordar o problema de forma ampla, realizando uma extensa revisão da história clínica, exame físico e mental, inventário medicamentoso e eventualmente avaliação do ambiente domiciliar, onde as quedas são mais frequentes.

 Desse modo, o profissional especialista será capaz de identificar candidatos a correção de catarata, indicar atividades que estimulem o equilíbrio e/ou aumentem a força muscular, suspender medicamentos que potencialmente aumentam o risco de quedas, sugerir mudanças estruturais que tornem o ambiente domiciliar menos perigoso, e fazer outras recomendações de forma individualizada.

           



REFERÊNCIA

BRASIL. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Quedas: Uma questão de prevenção. Disponível em: https://sbgg.org.br/quedas-uma-questao-de-prevencao/. Acesso em 18 de agosto de 2019.

sábado, 21 de setembro de 2019

TRISTEZA E DEPRESSÃO NO IDOSO: COMO DIFERENCIAR ?





Tristeza é um sentimento, afeto. A tristeza diante de uma perda significativa (que tanto pode ser de alguém amado quanto de natureza ideal), pode sinalizar que estamos em trabalho de luto. O luto é saudável, normal e permite que possamos, ao final do mesmo, realizar novos investimentos e projetos de vida.

            
Em contrapartida, a Depressão é doença que necessita de um tratamento qualificado, pois uma de suas consequências é o suicídio. Nesse caso, trata-se de uma doença muito complexa que afeta a pessoas em todas as suas instâncias de forma permanente caso não for devidamente tratada, pois afeta na alimentação, higiene, relação com outras pessoas, pois impede a interação social. Na depressão há um vazio que persiste. Há falta de vontade de fazer coisas que antes nos davam prazer. Há uma alteração no sono: dorme-se pouco ou muito. O apetite se modifica: podemos ter falta de apetite e emagrecer, bem como aumento do apetite. Podemos ainda ter a sensação de inutilidade e culpa e pode-se pensar, com frequência, na morte, além da dificuldade de concentração pode levar a um certo esquecimento e lentificação do pensamento.

           
 Portanto, a depressão tem uma alta prevalência entre idosos, e deve ser diagnosticada e abordada, de forma correta.

            
O  tratamento envolve terapia e/ou o uso de medicamentos. É importante a aderência ao tratamento já que este é longo a fim de se obter cura e melhora da qualidade de vida.





REFERÊNCIA

BRASIL. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: Diferenças entre tristeza e depressão. Disponível em: https://sbgg.org.br/diferencas-entre-tristeza-e-depressao/. Acesso em 17 de agosto de 2019.

sábado, 7 de setembro de 2019

O CUIDADO COM O IDOSO EM RELAÇÃO A PREVENÇÃO DA FEBRE AMARELA



De acordo com o guia de vacinação elaborado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunização, a Febre Amarela (em suas formas mais severas), tem uma letalidade que alcança um percentual de aproximadamente 50%, sendo ainda mais grave em idosos, devido a diminuição natural da resposta do sistema imunológico aos agentes agressores ao organismo humano.


 Por se tratar de uma vacina que contém um vírus atenuado, isto é, um vírus vivo, torna-se necessário uma avaliação clínica dos idosos, antes de irem aos postos de vacinação para receberem o imunobiológico (vacina).

            
Como dito anteriormente, após os 60 anos de idade, algumas pessoas apresentam queda das defesas do sistema imune, um processo denominado imunossenescência, que por sua vez é um processo natural do organismo.

           
 Além disso, há aquelas pessoas  que usam medicações imunossupressoras, ou seja, medicações que suprimem a resposta do sistema imunológico ou apresentam debilidades graves da saúde, o que reforça a importância de se haver uma avaliação médica antes de se vacinar.

            
De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), os especialistas (profissionais com espacialização em geriatria/ gerontologia),  esclarecem que caso se trate de um idoso que fica mais em casa ou mora em locais sem ocorrência da febre amarela, a melhor opção PODE ser não vacinar. Nesses casos, como medida de proteção, devem ser usados repelentes, roupas compridas e telas nas janelas para evitar o acesso do mosquito.

           
 Se o idoso mora em uma das regiões em que há casos relatados da doença, é trabalhador rural ou viajará para área endêmica de febre amarela, a vacina poderá ser indicada após consulta médica, pois nesse caso o risco de contágio é muito alto e supera os riscos da vacinação.



REFERÊNCIA

BRASIL. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: Febre amarela: orientações de vacinação para pessoas idosas. Disponível em: https://sbgg.org.br/febre-amarela-orientacoes-de-vacinacao-para-pessoas-idosas/. Acesso em: 17 de agosto de 2019.