quinta-feira, 25 de julho de 2019

CUIDADO PROFISSIONAL E INSTITUCIONALIZAÇÃO

Muitas famílias optam pela institucionalização do idoso com doença de Alzheimer, e essa é uma decisão que deve ser respeitada e pode ser uma alternativa que garanta a qualidade na assistência da pessoa com o diagnóstico, principalmente quando os familiares não têm tempo para exercer tais compromissos. 

Para isso, alguns cuidados devem ser tomados ao querer institucionalizar o idoso com DA (Doença de Alzheimer), como: 

    - Verificar se a instituição está devidamente registrada nos órgãos competentes e as referências quanto aos seus credenciamentos;
  
         -Certificar sobre os recursos humanos que estão disponíveis na instituição, se o quadro de profissionais é suficiente para atender adequadamente a quantidade de pacientes institucionalizados e quais os serviços especializados que oferece;

- Confirmar se o pessoal é treinado para a assistência de pessoas com demência e se a instituição já atende outros pacientes com doença de Alzheimer;

-
Observar como é o tratamento dos funcionários dispensado às pessoas que estão institucionalizadas. Visite a instituição;

  
   -  É importante visitar a instituição em horários do almoço e lanche para observar como a refeição é oferecida ao doente bem como a qualidade nutricional e higiene da cozinha;

- Visite todas as dependências da instituição (especialmente a cozinha, banheiros e dormitórios) e certifique-se sobre os cuidados com a limpeza, como é feita a distribuição dos quartos, das áreas comuns, das condições de ventilação, iluminação e sanitárias em geral;

- Consulte os responsáveis sobre quais são os cuidados com a segurança do paciente (corrimão nas escadas, barras de segurança nos banheiros, tipo de pisos), instalações elétricas;


-  Antes de optar por alguma instituição a família deve fazer visitas nos horários em que outros familiares estiverem presentes para pesquisar satisfação.



BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer: Orientações a cuidadores: Segurança. Disponível em : http://abraz.org.br/web/orientacao-a-cuidadores/cuidado-profissional-e-institucionalizacao/institucionalizacao/. Acesso em 29 de junho de 2019. 



terça-feira, 16 de julho de 2019

ACOMPANHAMENTO COTIDIANO: ALIMENTAÇÃO




Ao contrário do que ocorre com outras doenças crônicas como: Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, que exigem uma dieta mais rigorosa, na Doença de Alzheimer, não há uma restrição de um ou mais alimentos que irá se aplicar a todos os pacientes. A dieta poderá ser feita por um profissional da saúde capacitado, com o olhar individualizado para cada paciente, ou seja, a dieta de um paciente com Doença de Alzheimer pode não ser a mesma que de um outro paciente, pois irá depender do que os pacientes irão apresentar como consequência da doença.

A boa nutrição é muito importante para a saúde geral e também para o funcionamento cerebral e, além disso, o idoso também precisa de uma dieta balanceada para que não haja excesso ou carência de algum tipo de nutriente.

São comuns queixas que envolvem alterações no apetite do idoso com doença de Alzheimer, como perda de peso ou fome exagerada. Em ambos os casos o monitoramento da família e/ou do cuidador, deve ser realizado para favorecer uma alimentação adequada.

Deve-se sempre conferir a temperatura dos alimentos, pois alimentos muito quentes podem provocar queimaduras na boca e na língua do paciente. Uma alternativa para isso, é a utilização de prato térmico, para evitar que a comida esfrie enquanto ele se alimenta. A perda de peso geralmente está associada a alterações no apetite, dificuldades cognitivas ou questões físicas, portanto deve-se controlar essa perda de peso em casa ou em uma farmácia, pois é mais fácil prevenir a perda de peso que reverter um quadro de desnutrição. Segue abaixo alguns cuidados a serem tomados ao idoso com doença de Alzheimer acerca da perda de peso e das questões físicas.









PERDA DE PESO
1)Estimular alimentação com uso de utensílios coloridos e alimentos de cores diferentes;
2)Optar por alimentos que possam ser manipulados com as mãos, para aumentar o interesse pelo contato;
3)Servir pequenas porções por vez;




QUESTÕES FÍSICAS
(queimaduras, lesões, dor)
1)Cortar os alimentos em pequenos pedações;
2)Se necessário, triture os alimentos;
3) Examinar a boca do paciente para ver se tem alguma lesão;
4) Perguntar se sente dor ao deglutir tal alimento e/ou liquído;




Referência

BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer: Orientações a cuidadores: alimentação. Disponível em :http://abraz.org.br/web/orientacao-a-cuidadores/acompanhamento-cotidiano/alimentacao/.  Acesso em 25 de junho de 2019.


segunda-feira, 1 de julho de 2019

LIDANDO COM OS SINTOMAS: ALTERAÇÕES DO COMPORTAMENTO


Pessoas com Doença de Alzheimer podem passar a se comportar de maneira incomum, porém essas mudanças não costumam acontecer de imediato e por isso até mesmo o diagnóstico da doença tende a ser um pouco mais tardio. A pessoa com Doença de Alzheimer perde uma série de funções que interferem em sua percepção e, devido a isso, deve-se ficar atento para comunicações harmoniosas e evitar conflitos, para poupar desgaste emocional tanto do paciente como do cuidador (BRASIL, 2019).

        É comum que o paciente portador de Alzheimer tenha insônia, invertendo o dia pela noite e isso causa um desgaste no cuidador, principalmente porque o paciente precisará da atenção do seu cuidador. Delírio também é um sintoma presente nesta patologia, e o mesmo baseia-se no fato de que o portador faz uma interpretação irreal da realidade, tendendo a buscar explicações ou a desconfiar do que lhe dizem.

         Na fase avançada da doença, o portador pode passar a ter alucinações (visuais, auditivas, táteis e coisas que não existem). Além disso, a sexualidade pode ficar exacerbada, e isso põe tanto o cuidador como o paciente em situações extremamente constrangedoras. Abaixo segue uma tabela das alterações mais comuns e seus respectivos cuidados.
Alterações
Cuidados


Insônia
1)Motivá-lo a caminhar e fazer outras atividades físicas durante o dia;
2)Certificar-se de que a cama e as roupas para dormir são confortáveis;
3)Evitar que durma durante o dia, promovendo atividades agradáveis
Delírios
1)Explicar o que está acontecendo e que ninguém quer fazer mal ao paciente;
2)Dar parâmetros de realidade explicitando fatos;
3)Manter a postura calma e a voz tranquila e, se nada parecer funcionar, tente distrair o paciente com assunto ou atividade agradável e de seu interesse.
Alucinações
1)Não discutir com o paciente sobre a veracidade do que ele está vendo ou ouvindo;
2)Quando o paciente mostrar medo, conforte-o com voz calma e segure sua mão para transmitir-lhe segurança;


Sexualização Exacerbada
1)Evitar ocasiões que possam favorecer a estimulação sexual, com especial cuidado nas situações que envolvem a higiene do paciente;
2)Colocar limite claro diante do exagero

Perambulação
1)Verifique se a casa está segura (tapetes, escadas, piscina) e se o paciente está usando calçados adequados, visando a evitar quedas;
2)Dificulte a saída do paciente sozinho da casa;
3)Coloque no vestuário do paciente etiquetas internas ou cartões com sua identificação: nome, endereço e número de telefone;


Ansiedade
1)Estimule a autonomia com segurança;
2)Mantenha um ambiente calmo, agradável, seguro e com rotina organizada;
3)Cuide do tom de voz e do ambiente, evitando agitações desnecessárias.

Depressão
1)Proporcione maior acolhimento ao paciente;
2)Fique atento à alimentação, sono e hidratação do paciente;

Agressividade
1)Propor atividades como caminhar ou ver fotos antigas;
2)Procurar descobrir o motivo da reação agressiva e evite repetir a situação;
3)Chame a atenção do paciente para algo que possa ajudar a acalmá-lo.

Referência

BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer: Alterações do comportamento. Disponível em: http://abraz.org.br/web/orientacao-a-cuidadores/lidando-com-os-sintomas/alteracoes-de-comportamento/. Acesso em 24 de junho de 2019.