quinta-feira, 26 de agosto de 2021

A comunicação com a pessoa com síndrome demencial



O desenvolvimento de síndromes demenciais como o Alzheimer costuma ser um processo longo e gradativo, todavia ele pode ser dividido em estágios/fases, sendo o último deles a fase tardia quando a perda da memória vai além da memórias recentes, a pessoa acaba perdendo todas as informações sobre si mesma e a capacidade de realizar uma comunicação verbal. (BORN, 2008)

Ao se deparar com uma pessoa nessa situação deve-se avaliar a sua comunicação não verbal que consiste das expressões, dos sons, da postura, dos gestos e demais ações realizadas pelo idoso, pois são muitas vezes com elas que os idosos transmitem sensações como a de desconforto, a dor e a alegria. Todavia, independente de como o idoso se comunique o cuidador precisa estar sempre atento para ter respeito. (BRAGA, CAROZZO, CARDOSO, TEIXEIRA, 2020) 

A comunicação não verbal também é realizada pelo cuidador e por cada indivíduo, afinal mesmo que o idoso não compreenda todas as palavras que lhe são ditas, a forma, o tom, a expressão de quem as fala afetam como a informação será entendida pelo idoso. (BRAGA, CAROZZO, CARDOSO, TEIXEIRA, 2020) 

Sendo assim atitudes como utilizar a violência ou gritar não são efetivas pois apenas transmitem agressividade e medo, então a empatia e a calma do cuidador na hora de passar informações são o diferencial para a forma como o idoso irá receber e proceder diante de alguma informação. (BORN, 2008)


Bibliografia:

BORN. Tomioko. Cuidar Melhor e Evitar a Violência - Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. In: Comunicação com a pessoa idosa dementada. Tomiko Born (organizadora) – Brasília : Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2008. Disponível em: <http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_manual/12.pdf>. Acesso em: 8 ago 2021.

BRAGA, Rayssa Lima; CAROZZO, Nádia Prazeres Pinheiro; CARDOSO, Bruno Luiz Avelino; TEIXEIRA, Catarina Malcher. Avaliação da comunicação médico-paciente na (Evaluación de la comunicación entre médico y paciente en la) perspectiva de ambos interlocutores. Salud(i)ciencia (Impresa), v.23, n.8, p. 668-672, abr. 2020. Disponível: <https://www.siicsalud.com/dato/sic/238/161155.pdf >. Acesso: 8 ago 2021. 


quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Riscos da permanência prolongada com fraldas




O uso incorreto das fraldas descartáveis em idosos, com um destaque para a sua permanência prolongada, é um dos fatores de risco para desenvolver problemas como infecções, incontinência urinária ou lesões na pele. (USP, 2015)  

Quando usada de forma inapropriada a fralda pode levar as irritações na pele devido a presença das fezes e urina na região, essa irritação faz com que a pessoa coce ou realize algum atrito similar podendo levar a feridas. (USP, 2015)


Alguns cuidados para se ter ao idoso que faz uso de fraldas: 


1.Se atente a situação da fralda a cada 2 horas, pois não existe um tempo específico para cada troca, então se verificar que a fralda se encontra com urina ou fezes deve fazer a higiene do local e realizar a troca da fralda imediatamente; (CAMARGO, 2020)

2.Após higienizar o local, seque a pele e passe algum hidratante, creme ou loção de acordo com a situação da pele, pois são materiais que ajudam a manter a integridade da pele. (CAMARGO, 2020)

O uso da fralda também pode comprometer a autoestima da pessoa idosa, então se ela possuir a capacidade de ir ao banheiro, mesmo que em uma cadeira de banho ou ferramenta similar, estimule essa ação pois promove a independência e a autoestima da pessoa. (CAMARGO, 2020)


Bibliografia: 

GAGGINI, Marcela. Uso de fralda descartável em adulto pode ser prejudicial, aponta estudo da EERP. Universidade de São Paulo. 19 jan 2015. Disponível em: <https://www5.usp.br/noticias/saude-2/uso-de-fralda-descartavel-em-adulto-pode-ser-prejudicial-aponta-estudo-da-eerp/>. Acesso em: 8 ago 2021. 

CAMARGO, Miria Elisabete Bairros; SILVA, Maria Cristina Sant’Anna. CUIDADOS NO USO DE FRALDAS EM PESSOAS IDOSAS: Informações para familiares e cuidadores. Moriá Editora.  Porto Alegre-RS. ed 1. 2020. Disponível em: <https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2020/10/Cartilha-Cuidados-no-Uso-de-Fraldas-em-Pessoas-Idosas-2.pdf>. Acesso em: 8 ago 2021.

Bitencourt GR, Alves LAF, Santana RF. Practice of use of diapers in hospitalized adults and elderly: cross-sectional study. Rev Bras Enferm [Internet]. 2018;71(2):343-9. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0341>. Acesso em: 9 ago 2021. 

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Problemas relacionados a infantilização do idoso


O estatuto do idoso considera todos acima de 60 anos como idosos, tendo todos passado pelo processo de envelhecimento que traz consigo algumas adaptações na vida do idoso e de seu cuidador. Contudo, algumas dessas mudanças podem ser prejudiciais para um processo de envelhecimento saudável e interferir no bem estar do idoso, pois podem fragilizar a sua autoestima, podendo levar a inquietações e atritos na convivência. (SANTOS, ALMEIDA, 2002)

A infantilização do idoso é algo que ocorre com muita frequência e pode ser descrita como quando o cuidador menospreza a capacidade de decisão do idoso sobre o seu cuidado ou tratamento, e isso ocorre de forma muito similar a como se trata uma criança, sendo usado diminutivos e expressões infantis durante a comunicação. A infantilização é algo bem comum, porém muitas vezes ocorre de forma não intencional, todavia ela afeta negativamente o idoso podendo levar a traumas e a destruição de sua autoconfiança, além de poder levar o idoso a evitar se comunicar. (SANTOS, CORRÊA, ROLIM, COUTINHO, 2016)

Sendo assim, o ideal é que durante o cuidado exista um diálogo entre o cuidador e idoso, com interesse e respeito sobre as vontades do idoso, sem expressões infantis e principalmente sem o estereótipo de que ao envelhecer o idoso volta a ser uma criança. Ademais, além do respeito procure atividades que estimulem a autonomia do idoso, o faça sentir útil e o empodere de suas ações, mesmo que sejam coisas pequenas do cotidiano como pentear o próprio cabelo. (SANTOS, CORRÊA, ROLIM, COUTINHO, 2016)


Bibliografia:

SANTOS, Maria de Fátima de Souza; ALMEIDA, Ângela Maria de Oliveira. Práticas sociais relativas ao idoso. Temas psicol. vol.10 n.3 Ribeirão Preto dez. 2002. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2002000300004>. Acesso em: 7 ago 2021. 

SANTOS, Rebeca Aranha Arrais e Silva; CORRÊA,  Rita da Graça Carvalhal Frazão; ROLIM, Isaura Letícia Tavares Palmeira; COUTINHO, Nair Portela Silva. Atenção No Cuidado Ao Idoso: Infantilização E Desrespeito À Autonomia Na Assistência De Enfermagem. Rev Pesq Saúde, ed. 17, n.3, p.179-183, set-dez, 2016. Disponível em: <http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahuufma/article/viewFile/6793/4335>. Acesso em 7 ago 2021. 



 

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Como evitar situações de esquecimento da administração dos medicamentos



A medicação é muito importante para a manutenção e controle de sua saúde, sendo assim se atente a algumas situações, como a forma em que se toma o remédio, o intervalo entre cada ingestão ou uma automedicação. (UFSCAR, 2020)

Caso você ou seu cuidador apresentem problemas de esquecimento com relação aos horários do remédio aqui vão algumas dicas:

1)Configure um alarme/despertador como um lembrete;

2)Utilize aplicativos gratuitos para telefones, alguns exemplos são o  “Lembretes de Remédios e Pílula - Medisafe” e o “Alarme de medicamentos - Lembretes de Remédios”. Esses são apenas algumas das dezenas de aplicativos disponíveis de forma gratuita;

3)Pode usar essa tabela confeccionada pela nossa equipe. Nós fizemos um modelo para uso diário e outro de uso quinzenal, além de colocarmos um modelo de como ser preenchido para que vocês possam usar de referência. 

Por fim, não se esqueça de sempre tomar o seu medicamento em um lugar confortável, de preferência sentado ou de pé para evitar situações como engasgo ou perda do medicamento, e de sempre tomar o seu comprimido acompanhado de água. 

Bibliografia:

BRASIL.Comunicação Social e Científica Para Democratização Da Ciência (Ufscar). Cuidados e Atenção para o Uso de medicamentos por Idosos podem garantir mais efetividade e segurança. 28 ago 2020. Disponível em: <https://www.informasus.ufscar.br/grupo-de-apoio-virtual-a-cuidadores-familiares-de-idosos-com-demencias-e-oferecido-pela-abraz/>. Acesso em: 20 jul 2021.