segunda-feira, 25 de maio de 2020

SUGESTÕES AOS IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER EM ISOLAMENTO SOCIAL



FASE LEVE: ​Supervisão​ nas atividades. Estabelecer uma rotina. Manter um horário para acordar e organizar o café da manhã junto com ele, arrumar a casa, preparar o almoço, etc. Deixar o período da manhã para os afazeres domésticos e, após o almoço, dar um intervalo para descanso. A tarde fazer atividades como assistir filme, ler um livro, ligar para os parentes mais próximos, etc. Deve-se lembrar que todas as atividades devem ser do interesse dele, e já fazer parte da sua rotina ou história de vida, permitindo sua maior participação.



FASE MODERADA: Deve-se ​supervisionar e auxiliar ​nas atividades com prejuízo. Reforçar as dicas da fase anterior, dividindo a execução da atividade prejudicada em etapas para ajudá-lo. A simplificação será a melhor estratégia para deixá-lo mais envolvido. Por exemplo: parte das refeições (cortar uma verdura, temperar uma carne, mexer um bolo, etc.). Procure sempre observar as atividades que são mais prazerosas e repeti-las em outros dias. É preciso evitar deixá-lo sozinho nas atividades.


FASE AVANÇADA: Fazer por ele​ nas atividades. Tentar aproveitar ao máximo o potencial das suas habilidades presentes. Caso o idoso não consiga fazer nada, faça por ele. Explique o que está acontecendo e o que ele vai fazer no momento. Deixá-lo em outros ambientes da casa. Por exemplo: jardim, varanda (observando as pessoas que passam na rua) etc.


REFERÊNCIA
BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer. Dicas para o idoso com Alzheimer em isolamento social. Disponível em: http://abraz.org.br/web/2020/03/27/dicas-para-o-idoso-com-alzheimer-em-isolamento-social/ Acesso em 02 de maio de 2020

quinta-feira, 21 de maio de 2020

ORIENTAÇÕES PARA CUIDADORES DOMICILIARES DE IDOSOS NA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS


As pessoas idosas que necessitam de cuidados constituem um dos principais grupos de risco diante da epidemia do novo coronavírus − Covid-19. A epidemia da Covid-19 é recente e os conhecimentos para o combate à doença ainda estão sendo obtidos. A transmissão da doença ocorre majoritariamente das seguintes formas: toque da mão em área contaminada e após isso o contato desta mão com a boca ou nariz ou olhos; através de gotícula de saliva ou secreções nasais dispersas no ar, expelidas após tosse ou espirro.


PREPARAÇÃO PARA SAIR À RUA E SE DESLOCAR AO LOCAL DE TRABALHO 


 v  Sempre que possível ter posse de uma declaração de que realiza serviço essencial como cuidador(a), emitida pelo seu contratante;



 v  Separe uma roupa para usar na rua, ou seja, para ir e voltar do trabalho e outra para usar em seu local de trabalho;



 v  Conserve a roupa de trabalho limpa e separa das demais, além de atentar aos sapatos;



 v  Dê preferência ao uso do cabelo preso, evite anéis, brincos, piercings, correntes e relógios;

 

 v  Troque de roupa antes de ir à rua.

     NO TRANSPORTE E EM LOCAIS PÚBLICOS

 v  Evite transportes cheios;
 v  Prefira pagar passagem utilizando o cartão;
 v  Mantenha o dinheiro guardado distante dos outros pertences, pois o vírus pode se alojar em moedas e notas;
 v  Procure manter distância de pelo menos 1 metro e evite cumprimentar colegas com abraços ou beijos;
 v  O Ministério da Saúde está recomendando o uso de máscaras, ainda que de fabricação caseira, em ambientes fechados como lojas, bancos e no transporte público. Máscaras caseiras devem ser reutilizadas somente após lavagem, secagem e passagem a ferro, devendo ser acondicionadas em recipiente fechado.


AO CHEGAR NA MORADIA DA PESSOA IDOSA
 v  Antes de ter contato coma pessoa idosa, higienize as mãos e coloque sua roupa de trabalho que havia separado;
 v  Higienize seu celular objetos de uso pessoal que poderão ser manuseados durante seu período de trabalho;
 v  Se possível, limpe os sapatos com pano embebido em álcool 70% ou então leve um outro sapato para usar no trabalho;

AO CUIDAR DA PESSOA IDOSA

 v  Quando não estiver realizando tarefas que exijam contato físico, mantenha-se a pelo menos 1 metro de distância da pessoa idosa;
 v  Se precisar alimentá-la, evite se posicionar de frente para ela;
 v  Higienize as mãos antes de preparar a refeição;
 v  Não compartilhe talheres, toalhas, copos e louças; 
 v  É importante que sejam higienizadas as superfícies com as quais você e a pessoa idosa tenham contato frequente, tais como barras de apoio, maçanetas, cadeiras, interruptores, controles remotos, puxadores e outros.

REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para cuidadores domiciliares de pessoa idosa na epidemia do coranavírus-COVID-19-. Disponível em : http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/files/CartilhaCuidadorIdoso_Covid-19.pdf Acesso em 31 de abril de 2020

sexta-feira, 15 de maio de 2020

O IMPACTO DA PANDEMIA DA COVID-19 NOS CUIDADORES DE IDOSOS COM ALZHEIMER



De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABAz), o cuidador é a pessoa mais importante na vida do idoso portador de demência, pois ele será o elo de ligação do doente com a vida e a figura principal entre médico e paciente.



A ABRAz destaca que o cuidador terá que ter a sensibilidade para “sentir” pelo doente: frio, calor, fome, desconforto, sono, dor, o momento de atender suas necessidades fisiológicas. Ter a percepção para dizer o que ele “quer ouvir”.



A sobrecarga diante do cuidado do idoso com demência pode ir além dos limites suportáveis pela cuidador e acabar gerando conflitos e desagregações na estrutura familiar. Em muitos casos, isso ocasiona o risco de institucionalização deste idoso.



O atual cenário em que nos encontramos, é capaz de gerar ansiedade e medo entre as pessoas, vindo, certamente, a se somar ao estresse do cuidador do paciente com Doença de Alzheimer. Esse estresse tem impacto sobre o doente, que é muito sensível ao estado emocional do cuidador.


O isolamento social exigido, com restrição às visitas, leva à falta de relacionamento social, ou interação com pessoas. Além disso, o próprio cuidado para evitar a contaminação, que faz o cuidador a se apresentar com o uso de máscara e avental, pode “assustar” o paciente, gerando ainda mais estresse para o cuidador, diante do medo de contaminar a pessoa cuidada. O cuidador, que já precisa prover os cuidados básicos de sobrevivência, agora recebe mais esta carga.



Ao paciente portador de demência, é possível um viver sem a cura, mas não é possível viver sem o cuidado. Assim, o cuidador, neste momento delicado, deve ser orientado quanto às medidas preventivas de contaminação, tanto ao paciente quanto a si próprio. 


REFERÊNCIA


BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer. O impacto da pandemia do coronavírus nos cuidadores de pacientes com Doença de Alzheimer. Disponível em: http://abraz.org.br/web/2020/04/17/o-impacto-da-pandemia-do-coronavirus-nos-cuidadores-de-pacientes-com-doenca-de-alzheimer/ Acesso em 02 de maio de 2020