segunda-feira, 26 de abril de 2021

HÁBITOS QUE CONTRIBUEM PARA O IDOSO DEPRESSIVO



A depressão pode ser desencadeada por fatores biológicos, sendo a genética um fator significativo no desenvolvimento de um quadro depressivo. Além disso, fatores psicológicos causam perda da autonomia e agravamento de quadros patológicos preexistentes no idoso, assim como os fatores sociais que interferem na capacidade funcional, do autocuidado e nas suas relações sociais (RAMOS, 2019).

 

A atividade física pode ser considerada eficaz no tratamento da depressão. Podendo propiciar benefícios agudos e crônicos.  São eles:  melhora no condicionamento físico; diminuição da perda de massa óssea e muscular; aumento da força, coordenação e equilíbrio; redução da incapacidade funcional, da intensidade dos pensamentos negativos e das doenças físicas; e promoção da melhoria do bem-estar e do humor (MORAES et al., 2007 apud RAMOS, 2019).

 

A prática e o desenvolvimento de atividades de lazer têm se mostrado na vida dos idosos como um fator de grande importância. O lazer contribui para um melhor estado de espírito e no caso dos mais idosos, diminui os efeitos decorrentes do processo de envelhecimento (RAMOS, 2019).

 

A importância atribuída à ocupação dos tempos livres em idosos: ler, ver televisão, ouvir música, passear, fazer tricô, jogar às cartas, conversar com amigos, sendo que a maior pontuação corresponde maior importância dada à atividade e lazer (DE ALMEIDA et al.,2012 apud RAMOS, 2019).

 

A ajuda da família nesse momento é de fundamental relevância para alcançar resultados satisfatórios, pois nesse período da vida muitos idosos se sentem incapazes, e são desprezados e resignados tanto pela sociedade, quanto pela família. A doença deve ser compreendida e tratada, paciência é a chave para compreender melhor os idosos nessa situação, a interação e as conversas são fundamentais para que o idoso não se isole cada vez mais, o assunto merece atenção especial, pois se não tratado devidamente pode trazer danos à saúde física e mental, o acompanhamento médico é sempre importante, mas o apoio da família também é essencial (LIMA et al.,2016 apud RAMOS, 2019).

 

REFERÊNCIAS

RAMOS, Fabiana Pinheiro et al. Fatores associados à depressão em idoso. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 19, p. e239-e239, 2019. Disponível em:< https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/239/154>.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

DISLIPIDEMIA NA TERCEIRA IDADE

                                                           Fonte: Google Imagem

O estudo de Moretti e colaboradores (2009) revela que o envelhecimento populacional ocasiona à necessidade de conhecimento acerca dos fatores que incidem sobre a prevalência das doenças crônico-degenerativas associadas à idade, tornando a manutenção da saúde da população idosa uma tarefa essencial para a qualidade de vida do idoso. 

A etapa da vida da pessoa idosa constitui características e valores próprios, assim como implica em modificações na estrutura orgânica, no metabolismo, no equilíbrio bioquímico, na imunidade, nos mecanismos funcionais, nas características intelectuais e emocionais e nos aspectos relacionados à nutrição (MORETTI et al, 2009).

Com o processo de envelhecimento, a composição corporal sofre alterações, ocasionando uma redução percentual de massa muscular concomitante à maximização da quantidade e do volume de tecido adiposo, principalmente na cavidade abdominal, favorecendo o aumento da prevalência da obesidade. Dessa forma, entende-se por dislipidemia a presença do colesterol anormalmente elevado ou gorduras (lipídeos) no sangue. Importante destacar que a elevação do nível de gordura na corrente sanguínea aumenta as chances para desenvolvimento de doenças cardiovasculares (MORETTI et al, 2009).

Contudo, não somente a idade e a obesidade constituem fatores de risco para o desenvolvimento das dislipidemias, pois mesmo os indivíduos que apresentam uma ingestão alimentar adequada em quantidade, porém, inadequada na qualidade, estão sujeitos a possuírem dislipidemia. Diante disso, a reeducação alimentar e a atividade física são fatores principais no estilo de vida e cumprem papel fundamental na prevenção e no manuseio das debilitações que afetam a população idosa (FALUDI et al., 2017).

A diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose (2017) revela a necessidade dos indivíduos em estar atento ao padrão alimentar saudável, seleção adequada dos alimentos dando preferência a verduras, frutas e legumes, o modo de preparo, a quantidade e as possíveis substituições alimentares, sempre em sintonia com a mudança do estilo de vida e presença da atividade física regular.

REFERÊNCIAS

MORETTI, Tathiely et al. Estado nutricional e prevalência de dislipidemias em idosos. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 38, n. 3, p. 12-16, 2009. Disponível em:<http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/747.pdf>.

FALUDI, André Arpad et al. Atualização da diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose–2017. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 109, n. 2, p. 1-76, 2017.Disponível em:< https://www.scielo.br/pdf/abc/v109n2s1/0066-782X-abc-109-02-s1-0001.pdf>

segunda-feira, 12 de abril de 2021

SONO E ENVELHECIMENTO



O envelhecimento é um processo irreversível que decorre no tempo entre nascimento e morte. Tal processo se caracteriza pelas mudanças de papéis, de padrões familiares, de amizades, de relações sociais, de situação econômica, no corpo, no comportamento e na mente. Portanto a pessoa idosa pode apresenta alterações relacionadas ao sono.

Nesse cenário, o adulto saudável apresenta, em média, de 7 a 8 horas de sono, com despertares noturnos que representam até 5% do tempo total na cama. Sabe-se que no envelhecimento existe a insatisfação com a qualidade do sono, uma vez que o idoso dorme em torno de 6 horas, pelo período de latência ser maior, o sono mais superficial, com ausência dos estágios mais profundos.

Diante disso, os distúrbios do sono no idoso podem ser causados por problemas médicos, distúrbios específicos do sono, problemas farmacológicos, problemas sociais e psicológicos.

Somado a isso, existem aproximadamente 100 tipos de problemas do sono. Dessa forma, destacamos os principais distúrbios mais frequentes relacionados ao idoso que são: a insônia, a hipersonia, distúrbios dos movimentos noturnos, apneia do sono e a parassonia.

Distúrbios do sono

Definição

Insônia

Dificuldade de iniciar e manter o sono

Hipersonia

Caracteriza-se por dormir excessivamente o a maior parte do tempo em que deveria estar acordado

Apneia do sono

Pode ocorrer parada respiratória quando adormecidos, com vários despertares breves e repetidos ao longo da noite

Parassonia

Presença de ponambulismo, mioclonias, fala noturna (sonilóquio), pesadelos e confusão mental noturna

Fonte: Autor

Importante destacar os tratamentos para os distúrbios do sono no idoso, que devem considerar o diagnóstico do idoso. Porém, algumas regras básicas são imprescindíveis para uma orientação segura ao tratamento segundo Reynolds (et al. (1984):

·                    Apresentar horários regulares para dormir e acordar;

·                    Redução ou retirada total de nicotina, álcool ou ingestão excessiva de líquidos ou alimentos à noite, incluindo cafeína;

·                    Reduzir o tempo na cama;

·                    Atividades físicas 6 horas antes de adormecer;

·                    Evitar café e álcool após o almoço;

·                    Ambiente bom para dormir, isto é, silencioso e escuro;

·                    Evitar estresse;

·              Tratamento não farmacológico adequado quando indicado, por exemplo, fototerapia ou terapia comportamental e entre outras condutas.

 

REFERÊNCIAS

FREITAS, E.V. Tratado de geriatria e gerontologia. In: Tratado de geriatria e gerontologia. 3º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 426-436, 2013. Disponível em:<https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria-e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf>. Acesso em: 12 abr 2021.