quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Pesquisa aponta que bactérias intestinais podem ser a chave para prevenir a doença de Alzheimer

A renomada revista científica Nature publicou um estudo no qual relaciona a flora intestinal com a prevenção do Alzheimer. A pesquisa foi realizada em camundongos,e constatou-se que a microbiota intestinal dos camundongos sem a Doença de Alzheimer era diferente dos camundongos que possuíam a doença. Também foi observado que camundongos com uma boa microbiota intestinal desenvolveram menos placas beta-amilóides. As placas beta-amilódes são proteínas que se depositam entre os neurônios dificultando a transmissão de sinais entre as células nervosas; Elas são um marcador da doença.


A composição da microbiota intestinal é definida por fatores genéticos e estilo de vida. Ela pode ser facilmente modificada pela alimentação e outros hábitos, como sedentarismo, ingestão de produtos industrializados, alcoolismo, assim também como exposição a toxinas.
Segundo a pesquisa, as bactérias intestinais estão intimamente ligadas ao sistema imunológico, logo, ao mudar a composição da microbiota intestinal, o sistema imunológico é afetado. “Isso sugere que uma dieta saudável para o intestino pode desempenhar um papel poderoso na prevenção” do Alzheimer.

A ingestão de grãos, frutas e vegetais ajudam a manter a microbiota intestinal saudável e ativa, ajudando a prevenir a Doença de Alzheimer.


Referências:
·        HARACH, Taoufiq et alReduction of Abeta amyloid pathology in APPPS1 transgenic mice in the absence of gut microbiota. Nature Publishing Group, 2017. Disponível em: < https://www.nature.com/articles/srep41802> Acesso em: 28/07/17.

·        GREGOIRE, C. Targeting Gut Bacteria May Be The Key To Preventing Alzheimer's. 2017. . Disponível em: < http://www.huffpostbrasil.com/entry/gut-bacteria-alzheimers_us_589e0e09e4b03df370d628be> Acesso em: 28/07/17

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

A demência como uma prioridade de saúde pública


De acordo com a ABRAZ (Associação Brasileira de Alzheimer) a demência é uma doença mental caracterizada por prejuízo cognitivo que pode incluir alterações de memória, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, raciocínio, concentração, aprendizado, realização de tarefas complexas, julgamento, linguagem e habilidades visuo-espaciais. O indivíduo com demência torna-se, cada vez mais, dependente de terceiros para a vida em sociedade e para seus cuidados.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o número de pessoas com demência no mundo é de aproximadamente 35,6 milhões. Esse número deve dobrar até 2030 e mais do que triplicará em 2050.
No início de 2017 foi recomendado pela OMS que o projeto de “Plano de Ação Global em resposta à demência como prioridade de saúde pública 2017-2025” fosse discutido na 70ª Assembleia Mundial da Saúde, que aconteceu em maio na Suíça. “O projeto, que tem como base o relatório “Demência: uma prioridade de saúde pública”, foi desenvolvido conjuntamente pela OMS e pela Alzheimer’s Disease International (ADI).  A iniciativa de colocar em prática as proposições do plano visa estimular os governos a desenvolverem estratégias para conter o impacto provocado pela demência em suas populações, bem como aumentar a conscientização sobre a demência como uma prioridade de saúde pública.”
A população não possui conhecimento suficiente sobre a demência, e, devido a isso, cria-se um estereótipo, estigmatizando a doença. Faz-se então necessário que haja uma conscientização da população acerca das demências, para que todos possam em conjunto trabalhar para dar suporte aos indivíduos portadores.


Fonte: Alzheimer’s Disease International (ADI)


Referências:
  • ·         ABRAZ. Sobre o Alzheimer – Demência. Disponível em: < http://abraz.org.br/sobre-alzheimer/demencia> Acesso em: 31/07/17.
  • ·         Alzheimer Desease International. WHO progress global plan on dementia. Disponível em: < https://www.alz.co.uk/ADI-welcomes-progress-of-global-plan> Acesso em: 31/07/17.
  • ·         SBGG. Demência: uma prioridade de saúde pública. Disponível em: < http://sbgg.org.br/demencia-uma-prioridade-de-saude-publica/> Acesso em: 31/07/17.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Pesquisa revela que um terço das causas das demências são evitáveis

A revista médica The Lancet realizou uma pesquisa no qual foi constatado que um terço (35%) das causas das demências são evitáveis.
Na infância a falta de educação formal corresponde a 8% do total. Segundo a pesquisa, uma pessoa alfabetizada e estimulada intelectualmente tem menor risco de desenvolver demências.
Na idade adulta a perda auditiva, obesidade e hipertensão são fatores importantes, que correspondem respectivamente a 9%, 1% e 2% do total de causas evitáveis.
Alguns maus hábitos como fumar, sedentarismo, isolamento social, e também doenças como depressão e diabetes somam 15% das causas evitáveis que levam à demências.
Os outros dois terços (65%) são fatores ambientais e genéticos.


Fonte: http://press.thelancet.com/dementia.pdf
Prevenir tais fatores de risco evitáveis faz com que se reduza o número crescente de casos de demência no mundo. Essa prevenção vem através da conscientização da população sobre bons hábitos de vida e saúde em conjunto com ações governamentais que incentivem a educação na infância e também ao longo da vida, por meio da educação continuada. 
  

Referências:
  • LIVINGSTON, G. et al. Dementia prevention, intervention, and care. The Lancet, 2017. Disponível em: <http://press.thelancet.com/dementia.pdf> Acesso em: 25/07/17.
  • ALVES, G. Um terço das causas de demência são evitáveis, aponta estimativa da revista ‘The Lancet’. Folha de São Paulo, 2017. Disponível em: < http://cadeacura.blogfolha.uol.com.br/2017/07/21/demencia-e-evitavel/> Acesso em: 25/07/17.