quarta-feira, 29 de junho de 2022

Julho amarelo - Conscientização das hepatites virais para os idosos

 


Os casos de hepatites virais em idosos estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano, principalmente as hepatites B e C. Doenças hepáticas avançadas como por exemplo a cirrose hepática e a hepatocarcinoma estão tornando-se um problema de saúde pública mundial. (TARCHA, 2018)

Com isso em mente, o Ministério da Saúde criou o Julho Amarelo, que é uma política pública de saúde que realiza campanhas trazendo a importância e as formas de prevenir e controlar as hepatites virais, além de sua importância para a saúde e bem-estar. Isso pode ser feito através de detecção precoce dos casos de hepatites virais nos idosos. (DA SILVA, 2018) 

Existem várias formas de contágio para as Hepatites, como: feco-oral, relação sexual desprotegida, contato sanguíneo, objetos perfurocortantes, etc. É válido reforçar que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza tratamento para todos os tipos de Hepatites. (BVSMS, 2022)

Portanto, para se prevenir das hepatites A e B, a melhor escolha é a vacinação. Já para a hepatite C, a melhor escolha é a prevenção: usar preservativo nas relações sexuais, por exemplo. A vacina da hepatite B serve para a Hepatite D e a melhor forma de evitar a hepatite E é melhorando as condições de saneamento básico e de higiene. (SBGG-SP, 2017)


Referências:


BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde (BVSMS). Julho Amarelo: Mês de luta contra as hepatites virais. 2022. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/julho-amarelo-mes-de-luta-contra-as-hepatites-virais/> Acesso em: 14 junho 2022

DA SILVA; José Felipe Costa, et al. Hepatites virais na terceira idade: casos do Rio Grande do Norte, Brasil. Brazilian Journal of Health Review, v.1, n1, 2018. Disponível em: <https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/547/470> Acesso em: 14 junho 2022.

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - São Paulo (SBGG-SP). Crescem os casos de hepatites entre os idosos. 2017. Disponível em: <https://www.sbgg-sp.com.br/crescem-os-casos-de-hepatites-entre-os-idosos/>. Acesso em: 14 junho 2022.

TARCHA, Noemi Iannone. Prevalência e fatores associados à infecção pelo Vírus da Hepatite B entre idosos do município de São Paulo, Brasil: estudo SABE. [Dissertação de Mestrado]. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações. São Paulo, 2018. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-03102018-082714/>. DOI 10.11606/D.6.2019.tde-03102018-082714. Acesso em: 14 jun 2022.



quarta-feira, 22 de junho de 2022

Prevenção de quedas entre os idosos:

 



A queda pode alterar a capacidade funcional do idoso interferindo na autonomia e independência do mesmo. As consequências mais encontradas em relação a quedas no idosos foram fraturas nos membros inferiores ou superiores que podem direcionar para cirurgias. Muitos idosos após sofrerem quedas ficam acamados, imobilizados e até mesmo incapacitados para a realização de suas tarefas. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG),2015)

A queda pode ser ocasionada pelos fatores intrínsecos e extrínsecos. Os fatores intrínsecos são associados a processos fisiológicos ou patológicos do envelhecimento como Doença de Parkinson, postura, equilíbrio, perda de consciência entre outros. Os fatores extrínsecos podem se associar ao ambiente, os pisos, tapetes, calçados inapropriados, escadas, móveis pelo caminho e outros. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG),2015; PELZER, Marlene, 2010)

É importante analisarmos a capacidade funcional, a autonomia e independência que são aspectos importantes na determinação das quedas. Com a ocorrência da mesma há uma redução na autonomia, exigindo um cuidado como levantar o idoso da cama, locomover ele até o outro cômodo, dar banho na pessoa idosa, cuidar das suas finanças e demais situações. É importante que o profissional compreenda o motivo da queda adotando medidas que reduzam a ocorrência da mesma. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG),2015; PELZER, Marlene, 2010)

Medidas para prevenir a queda: (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG),2015;

1- Prevenção de saúde dos idosos: 

→ Realizar cuidados relacionados à capacidade funcional do idoso como a manutenção de suas habilidades motoras e cognitivas

2- Hábitos de vida saudáveis

→ É essencial que os idosos tenham uma alimentação equilibrada e saudável. Muitas vezes é necessário uma adequação frente às novas necessidades nutricionais. Além da realização de exercícios físicos, abstenção do fumo, redução do consumo de álcool e cuidados em relação a hidratação deste idoso.

3- Proporcionar um ambiente seguro:

→ Ambientes com boa iluminação, uso de pisos antiderrapante, fixar as estantes, evitar a presença de objetos ao redor da cama, do corredor e próximo às portas, evitar o uso de tapetes, aderir os móveis de fácil acesso, manter barras de segurança perto do box e vaso sanitário. Além de promover um conforto voltado para a privacidade e individualidade do idoso. 

4- Promover o fortalecimento do sistema músculo esquelético:

→ Abstenção do fumo e álcool,ingestão de cálcio, educação quanto ao risco da inatividade física, banhos de sol para ativar a vitamina D e outras que promovem hábitos de vida saudável.

A cada ano, 30 a 40% dos idosos sofrem queda, e as consequências negativas podem ultrapassar os limites físicos, gerando repercussões psíquicas e sociais.  Porém é necessário haver um acompanhamento da equipe de enfermagem que deve entender a situação da família como a questão financeira. O enfermeiro deve promover ações de reeducação alimentar junto com a reorganização da moradia proporcionando uma rede de apoio para o idoso em questão e para a sua família. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG),2015; PELZER, Marlene, 2010)


Referências:


Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Quedas: Uma questão de prevenção. , [S. l.], p. 1, 17 abr. 2015. Disponível em: https://sbgg.org.br/quedas-uma-questao-de-prevencao/. Acesso em: 3 maio 2022.



PELZER, Marlene et al. Cuidado de enfermagem para prevenção de quedas em idosos: proposta para ação. Revista Brasileira de Enfermagem (REBEN), [S. l.], p. 1, 12 dez. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/qDBybTFzw8FMzKVfrhLsRzz/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 3 maio 2022.





quarta-feira, 15 de junho de 2022

Diferença entre tristeza e depressão

 


A depressão se relaciona a uma situação de adoecimento comum e grave que atinge milhares de pessoas no mundo, ela afeta negativamente nos pensamentos, sentimentos e ação das pessoas. O indivíduo sente uma tristeza profunda e acaba não tendo vontade de realizar atividades que antes lhe dava prazer. Podem ocorrer alterações no sono, na alimentação, na produtividade, dificuldade de concentração, cansaço extremo, humor deprimido, sensação de inutilidade e culpa, medo, pensamentos de mortes, dificuldade de interação no meio social entre outros. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), 2014; American Psychiatry Association, 2020) 

A depressão acontece com elevada proporção na população idosa devendo ser diagnosticada e abordada com tratamento adequado para cada pessoa. A recuperação pode ser com base nas medicações, psicoterapia com profissionais especializados, autoajuda e enfrentamento por meio de  atividades que lhe proporcionem sensação de bem estar, assim como, conversar com pessoas de sua confiança, obter hábitos alimentares saudáveis e praticar exercícios físicos. Essas atitudes podem melhorar o quadro clínico da pessoa que passa por depressão. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), 2014; American Psychiatry Association, 2020) 

Já a tristeza se relaciona como um sentimento e experiências que a pessoa possui dificuldade de superar, podendo ser a perda de um emprego, o término de um relacionamento e até a morte de um ente querido. Essas situações podem ocasionar luto e tristeza profunda. O processo do luto pode existir e é percebido de maneira individualizada para cada pessoa, mas ficar triste não é o mesmo que possuir a depressão. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), 2014; American Psychiatry Association, 2020) 

Se você se encontra com sintomas de depressão procure ajuda e lembre-se: a depressão é uma doença que precisa de tratamento.


Referências:


Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Diferenças entre tristeza e depressão. 19 fev. 2014 . Disponível em: https://sbgg.org.br/diferencas-entre-tristeza-e-depressao/. Acesso em: 19 maio 2022.

American Psychiatry Association, O que é depressão [S. l.], p. 1, 9 out. 2020. Disponível em: https://www.psychiatry.org/patients-families/depression/what-is-depression. Acesso em: 19 maio 2022.







quarta-feira, 8 de junho de 2022

Sintomas e fatores de risco de infecção urinária em idosos

 


A infecção urinária é um problema comum na população, sendo segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, prevalente em 20% das mulheres e 10% dos homens idosos. Embora, nesse grupo, devido a sua baixa imunidade eles possam não apresentar os sintomas clássicos da infecção presente em outras faixas etárias. (Revista Veja Saúde, 2017)

O idoso com Alzheimer tende a ter maiores chances de desenvolver infecção urinária devido ao possível esforço para urinar ou urinar sem conseguir esvaziar a bexiga completamente. (SBU-SP, 2022)

Sendo assim o idoso e seu cuidador devem se atentar a sintomas e fatores de risco, como: (Estratégias do Alzheimer, 2021)

1)Características como coloração e o odor da urina, se atentando a frequência das idas ao banheiro;

2)A falta de apetite e mudanças de humor, observando também os relatos e reclamações desse idoso;

3)Os idosos com Alzheimer podem ter a perda cognitiva;

4)O uso de fraldas geriátricas deve ser feito com atenção, pois o seu uso prolongado pode aumentar as chances de infecção;

5)A higiene íntima de forma geral é muito importante, porém deve ser feita da forma apropriada, pois esta pode desequilibrar a microbiota daquela região, deixando este idoso mais suscetível a infecções.

Se suspeitar de infecções, busque seu geriatra ou urologista para realizar exames e se cuidem.

Bibliografia:

FRANÇA, Wagner. Alzheimer e função miccional. Sociedade Brasileira de Urologia - São Paulo. (SBU-SP), 2022.. Disponível em: <https://sbu-sp.org.br/publico/alzheimer-e-funcao-miccional/#:~:text=Na%20fase%20mais%20avan%C3%A7ada%20desta,repeti%C3%A7%C3%A3o%20e%20at%C3%A9%20insufici%C3%AAncia%20renal.>. Acesso em 15 maio 2022.

GODINHO, Marcelo. Infecção urinária em idosos. Estratégias do Alzheimer. 2021. Disponível em: <https://estrategiasdoalzheimer.com.br/infeccao-urinaria-em-idosos/>. Acesso em: 15 maio 2022.

HOFMEISTER, Naira; LISBOA, Silvia; ORTIZ, Juan. Como o corpo dos idosos reage a uma infecção urinária?. Revista Veja Saúde,  3 out 2017. Disponível em: <https://saude.abril.com.br/medicina/como-o-corpo-dos-idosos-reage-a-uma-infeccao-urinaria/>. Acesso em 15 maio 2022.





quarta-feira, 1 de junho de 2022

Alguns cuidados com o idoso que possui Parkinson

 


A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa crônica que afeta principalmente os idosos, sendo sua principal complicação relacionada a problemas de locomoção e instabilidade na postura, podendo afetar também a memória, humor dentre outros. Essas mudanças podem deixar o idoso e seu cuidador ansiosos perante a convivência e adaptação a esse novo cenário (NUNES, et al, 2020)

Algumas dicas de cuidado para o idoso com o Mal de Parkinson são: (OLIVEIRA, 2020)

1)Cuidados com o ambiente, pois como esse idoso tende a ter riscos de queda é importante a utilização de pisos antiderrapantes, sua circulação em áreas planas, se possível barra de apoio nos cômodos (OLIVEIRA, 2020);

2)Momentos de lazer, onde se possível haja interações entre a família e o idoso, para minimizar o isolamento que a doença pode vir a causar, mantendo a sua qualidade de vida, diminuindo a ansiedade e o risco de depressão (OLIVEIRA, 2020);

3)Converse com o seu Geriatra, para ver a possibilidade de junto aos medicamentos padrões, possa fazer uso de um tratamento complementar que além de minimizar o avanço da doença, forneça uma melhor adaptação à nova realidade e estimule o vínculo do idoso com o seu cuidador (NUNES, et al, 2020);

4)O cuidador deve fazer o possível para que esse idoso consiga realizar as atividades diárias básicas com o máximo de autonomia, tornando o ambiente cotidiano mais seguro para que esse idoso possa ter o máximo de autonomia ao realizar tais atividades (OLIVEIRA, 2020).


Bibliografia: 

OLIVEIRA, Camila Izabela de. Mal de Parkinson: 8 formas do cuidador de idosos ajudar no tratamento. AC Vidas Cuidadores. jul 2020. Disponível em: <https://acvida.com.br/familias/cuidador-de-idosos-e-o-mal-de-parkinson/>. Acesso em: 23 maio 2022.

NUNES, Simony Fabíola Lopes et al. Cuidado na doença de Parkinson: padrões de resposta do cuidador familiar de idosos1. Saúde e Sociedade [online]. 2020, v. 29, n. 4. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-12902020200511>. Acessado: 23 Maio 2022.