quinta-feira, 27 de julho de 2017

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Demência por Doença de Alzheimer





Fonte: http://www.clinicadamemoria.med.br/doenca-de-alzheimer/


Foi publicado em 2002 a Portaria nº 843, que aprovou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Demência por doença de Alzheimer. É um protocolo de caráter nacional, que deve ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, na regulação da dispensação dos medicamentos nele previsto.
O conteúdo do protocolo consiste em:
·                    Conceito geral da doença;
·                    Critérios de inclusão/exclusão de pacientes no tratamento;
·                    Critérios de diagnóstico;
·                    Esquema terapêutico preconizado e;
·                    Mecanismos de acompanhamento e avaliação desse tratamento.
De acordo com o protocolo o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento dos pacientes portadores da Doença de Alzheimer deverá ser dado nos Centros de Referência em Assistência à Saúde do Idoso, que são definidos pela Portaria GM/MS nº 702 e a Portaria SAS/MS nº 249, ambas de 12 de abril de 2002.
Segundo Brasil (2007), “o tratamento específico para a doença de Alzheimervisa diminuir a progressão da doença e retardar ou minimizar os sintomas comportamentais das pessoas, que, apesar do tratamento, irão piorar progressivamente; portanto, é de fundamental importância orientar e dar apoio aos familiares da pessoa.”
Conforme o protocolo, o paciente deverá fazer reavaliação de três a quatro meses após o início do tratamento, sendo essas ocorridas a cada 4 a 6 meses. É importante lembrar que mesmo que a pessoa idosa seja acompanhada por especialista, o mesmo deve ser acompanhado pela equipe da Atenção Básica.

REFERÊNCIAS:
  •         BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2007. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf> Acesso em: 14/07/17.
  •         BRASIL. Portaria SAS/MS nº 1.298, de 21 de novembro de 2013.Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Demência por doença de Alzheimer. Disponível em: < http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-doenca-de-alzheimer-livro-2013.pdf> Acesso em: 14/07/17.
  •         BRASIL. PORTARIA Nº 491, DE 23 DE SETEMBRO DE 2010. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2010/prt0491_23_09_2010.html> Acesso em: 14/07/17.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Idoso com perda auditiva: Como identificar o problema e cuidados para o dia-a-dia


Fonte: http://www.iredo.com.br/site/wp-content/uploads/2014/06/hard-of-hearing-guy-111208.jpg

Durante o processo de envelhecimento ocorre a diminuição das capacidades sensório-perceptivas. A perda da sensibilidade auditiva resultante do envelhecimento é conhecida como presbiacusia. Tais modificações podem dificultar a comunicação com os idosos, podendo até mesmo levar a um isolamento social. Para evitar que isso aconteça, é importante identificar precocemente a perda de audição, o que pode ser complicado, pois a maioria dos idosos demoram a perceber, aceitar e tratar sua dificuldade.  
Para quem convive com o idoso, pode ficar atento a alguns sinais de perda de audição, tais como:
  • Começar a falar muito baixo ou alto, pois não escutam a própria voz;
  • Assistem televisão com um olhar alheio, sem prestar atenção, podendo aumentar muito o volume;
  • Têm dificuldade em falar no telefone;
  • Ficam alheios ao convívio social, começam a evitar encontros sociais ou saídas de casa;
  • São chamados e não respondem.
  • Perdem-se nas conversas e fazem perguntas repetidas.

Existem algumas medidas simples que podem auxiliar a comunicação com o idoso com presbiacusia, como:
  • Evitar ambientes ruidosos;
  • Evitar submeter as pessoas idosas à situações constrangedoras quando essas não entenderem o que lhes foi dito ou pedirem para que a fala seja repetida;
  • Procurar falar de forma clara e pausada e, aumente o tom de voz somente se isso realmente for necessário;
  • Falar de frente, para que a pessoa idosa possa fazer a leitura labial.

Porém, além de utilizar tais medidas para facilitar a comunicação com o idoso, é muito importante procurar um serviço de saúde para realizar o acompanhamento e possível tratamento para a perda auditiva.

REFERÊNCIAS:
  • ·         BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2007. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf> Acesso em: 14/07/17.
  • ·         EXTRA. Perda auditiva dos idosos pode causar depressão, se não for tratada. 2016. Disponível em: <https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/perda-auditiva-dos-idosos-pode-causar-depressao-se-nao-for-tratada-19253915.html> Acesso em: 14/07/17.
  • ·         TAVARES, PATRÍCIA FERNANDA. Perda auditiva no idoso: suas interferências na vida psicossocial. Perda auditiva no idoso: suas interferências na vida psicossocial. 2001. Disponível em: <http://www.cefac.br/library/teses/6a560a7321df3ce936adbe42faaa9b24.pdf> Acesso em: 14/07/17.

domingo, 2 de julho de 2017

Incontinência urinária em idosos e cuidados com a troca de fralda


A incontinência urinária é a perda involuntária de urina pela uretra. Segundo Malmsten (1997), sua prevalência na população com mais de 65 anos de idade é de 15 a 30%. Isso acarreta problemas de convívio social e psicológicos para os pacientes e familiares, fazendo com que o idoso tenha auto-estima diminuída e aconteça um isolamento social.
A presença de incontinência urinária deve ser avaliada, pois nem sempre os idosos a referem na avaliação clínica por vergonha ou por acharem ser isso normal no processo de envelhecimento. Perguntar diretamente se a pessoa idosa perdeu urina recentemente ou sentiu-se molhada é uma forma rápida de verificar o problema. Se a resposta for afirmativa, deve-se investigar as possíveis causas.
De acordo com a ABRAZ, o paciente com Doença de Alzheimer pode perder a habilidade de reconhecer a necessidade de ir ao banheiro, de localizar onde fica o banheiro ou, ainda, de não saber o que fazer quando chega lá. Muitos não aceitam usar fraldas durante o dia e a noite, podendo urinar sem querer no caminho ao banheiro, na cama, em cadeiras e sofás. Isso pode acarretar o ambiente do idoso a ficar sujo e com cheiro de urina, além de criar assaduras caso ele não seja trocado e higienizado, fazendo com que ocorram momentos constrangedores ao idoso e criando uma exclusão social.
É necessário esclarecer ao idoso que ele irá usar fraldas por questões de saúde. Conversar com o idoso que o item “fralda” não é algo pejorativo e que lhe trará benefícios pessoais e sociais é uma questão fundamental.
Na troca da fralda, o enfermeiro deve-se atentar para:
  •          A condição da pele e mucosas do idoso, pois podem ocorrer assaduras e manchas brancas.
  •          Deve-se realizar a troca da fralda em intervalos regulares, nunca deixando a fralda molhada em contato com o corpo por muito tempo, pois pode ocasionar assaduras e lesões.
  •          A cada troca de fralda, deve-se realizar uma limpeza completa da região genital com água e sabonete neutro, também podendo ser utilizados lenços umedecidos. Porém pelo menos uma vez ao dia, essa limpeza deve ser feita com água e sabão.
  •          Um ato de extrema importância é secar muito bem a pele após a limpeza, para evitar assaduras e proliferação de microorganismos.
  •          Pode ser utilizada pomadas para assaduras a cada troca de fraldas, lembrando de retirar o excesso de pomada da troca de fralda anterior.


Referências:
·         ABRAZ. Associação Brasileira de Alzheimer. Disponível em: < http://www.abraz.org.br/ > Acesso em: 30/06/17.
·         BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde. p. 34 e 92. 2007.

·         MALMSTEN U, MILSOM I, MOLANDER U, et al. Urinary incontinence and lower urinary tract symptoms: an epidemiological study of men aged 45 to 99 years. J Urol. 1997.