quarta-feira, 28 de outubro de 2020

DOR EM IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER


 

No idoso, a dor tem sido cada vez mais compreendida como um contexto mais amplo, considerando questões espirituais, emocionais e sociais. Cientificamente a dor é descrita como:

uma experiência sensorial e emocional desagradável resultante de traumas ou lesões físicas”

O idoso com Doença de Alzheimer se encontra em uma situação diferente pois sua percepção dolorosa pode estar alterada frente às alterações neuropatológicas próprias da doença. A perda de memória também afeta sua capacidade de descrever adequadamente a localização, frequência e intensidade da dor.


Por isso, conhecer esses parâmetros é fundamental para o correto tratamento e alívio da dor. Nas fases avançadas da doença de Alzheimer, é comum o paciente perder sua habilidade de comunicação tornando-se mais difícil a sinalização de uma dor.


Nestes casos, a dor deve ser investigada diante de outras expressões corpóreas como:

  •  mudanças de padrões de atividade ou das rotinas diárias do idoso;
  •  expressões faciais;
  •   sons emitidos pelo paciente como choros ou gemidos; 
  •  postura protetora de alguma região do corpo;
  •   Recusa de alimento;
  •   mudança de apetite; 
  •   Agitações;
  • Dependendo da intensidade da dor, a frequência cardíaca e a frequência respiratória podem estar alteradas

 

 

REFERÊNCIA

BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer. Dor em pessoas idosas com Doença de Alzheimer. Disponível em: https://abraz.org.br/2020/2019/11/08/dor-em-pessoas-idosas-com-doenca-de-alzheimer/ Acesso em 25 de setembro de 2020

 

domingo, 18 de outubro de 2020

INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NO IDOSO COM DOENÇA DE ALZHEIMER


 

De acordo com a vice presidente da Associação Brasileira de Alzheimer do estado da Paraíba (ABRAz-PB), psicóloga especialista em Neuropsicologia, quando um psicólogo é chamado para avaliar um idoso diagnosticado com Doença de Alzheimer, dependendo da fase pode-se encontrar alterações psicológicas como Depressão ou muitas vezes alterações comportamentais de difícil controle.


Além disso, soma-se também a presença de um cuidador ou familiar que necessita de orientação de como lidar com as situações cotidianas e que também precisa de cuidados. Por isso, na primeira visita é fundamental conhecer a história de saúde mental e comportamental do idoso avaliado.


Segundo a psicóloga, não são raros os relatos de que os idosos se sentem sozinhos e recebem poucas visitas dos filhos e parentes e, quando recebem, é por pouco tempo.


Há evidências e na prática clínica é visto que os idosos são responsivos às intervenções psicológicas. Sabendo disso, é indispensável que o psicólogo se familiarize com as necessidades diárias e isso inclui:

Ø  Entender o seu funcionamento cognitivo (memória, atenção, habilidade) e características individuais.

Ø  Manter contato com a família para entender e se adaptar à nova realidade.

Ø  Trabalhar em si a sensibilidade e estar atento às condições de saúde que pioram o estado depressivo do idoso.

Ø   Aceitar os limites e procurar não discutir – e, sim, conversar, ouvir suas angústias.

Ø  Estabelecer uma boa rotina para um ajustamento às mudanças necessárias e para a redução dos fatores de estresse.


Não se pode esquecer que uma intervenção psicológica no idoso depende da intervenção familiar conjunta, para estabelecer uma relação que traga confiança, otimize a intervenção farmacológica e favoreça reação positiva no tratamento.


REFERÊNCIA

BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer. Intervenção psicológica no idoso. Disponível em: https://abraz.org.br/2020/2019/12/20/intervencao-psicologica-no-idoso/ Acesso em 24 de setembro de 2020

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

A FAMÍLIA E O ALZHEIMER


 

Ao descobrir que um membro da família foi diagnosticado com Doença de Alzheimer isso não pode ser ignorado, porque é uma doença que afeta a vida todos os membros da família e não somente da pessoa diagnosticada. Isso porque o impacto do diagnóstico abala os “alicerces” antes construídos pela família. Além disso, por ser uma doença que diminui a autonomia da pessoa, a família deve ser um agente facilitador na jornada que se inicia com o diagnóstico.


É certo que a percepção dos familiares quanto a aparição de sintomas da doença possa ocorrer de forma lenta, uma vez que os mesmos podem achar que um lapso de memória do idoso, possa ser apenas por conta do processo natural de envelhecimento.


Torna-se necessário ter mais empatia e afeto pelo familiar vivendo com a demência para que possa oferecer cuidados apropriados, pois:

É inevitável que uma nova dinâmica familiar se instaure afetando quem recebe os cuidados e quem cuida”

 

A busca por informação se torna mais relevante, visto que a doença evolui e requer decisões inteligentes. 

REFERÊNCIA

BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer. A família e o Alzheimer. Disponível em : https://abraz.org.br/web/2020/09/04/a-familia-e-o-alzheimer/ Acesso em 24 de setembro de 2020