quarta-feira, 23 de junho de 2021

A ESTIMULAÇÃO COGNITIVA NA PREVENÇÃO DE SEQUELAS DA COVID-19



De casos leves a graves da Covid-19, vemos inúmeros relatos de pacientes relatando algum grau de disfunção cognitiva após contrair a doença. Para indivíduos com mais de 50 anos as sequelas da Covid-19 tem sido mais intensas e ocasionado comprometimentos neurológicos e prejudicado habilidades mentais. Estes comprometimentos podem ser um fator de risco para o desenvolvimento de demências, como a Doença de Alzheimer. (BRASIL, 2021)


Uma forma de prevenir os danos cerebrais ou evitar que estes sejam permanentes é através da criação ou otimização de Reserva Cognitiva (RC). A RC é a capacidade do cérebro adulto em lidar com os efeitos dos processos neurodegenerativos de forma a minimizar a manifestação clínica das demências (SOBRAL, PESTANA, PAÚL, 2015). Para a criação da RC, a estimulação cognitiva, também chamada de “ginástica cerebral” entra como grande aliada. (BRASIL, 2021)


Dentre esses exercícios para a mente, estão:

- Leitura

- Jogos de estratégia (xadrez, dama, jogo da velha)

- Contas matemáticas com uso de ábaco

- Jogos de atenção (encontrar diferenças entre imagens, caça palavras, palavras cruzadas)

- Exercícios de linguagem (ordenação de palavras, elaboração de histórias)

- Jogos eletrônicos de estimulação cognitiva


REFERÊNCIAS


BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer. Estimulação cognitiva para a prevenção de sequelas da COVID-19, 2021. Disponível em: https://abraz.org.br/2020/2021/02/05/estimulacao-cognitiva-para-a-prevencao-de-sequelas-da-covid-19/. Acesso em: 28 de maio de 2021.


SOBRAL, Margarida; PESTANA, Maria Helena; PAÚL,  Constança. Reserva cognitiva e a severidade da doença de Alzheimer, 2015. Arq Neuropsiquiatr 2015;73(6):480-486. Disponível em:

https://www.scielo.br/j/anp/a/Pn8CnqYqGRHKzy59mfZ5tCn/?format=pdf&lang=em. Acesso em: 28 de maio de 2021.



quinta-feira, 10 de junho de 2021

A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA OCUPACIONAL NA SAÚDE DO IDOSO COM DEMÊNCIA


A Terapia Ocupacional é uma área da saúde que tem como objetivo proporcionar que os indivíduos, sempre que possível, realizem suas atividades cotidianas (ocupações) com autonomia e independência, quando há condições de saúde que impedem ou dificultam essa realização de forma adequada. (BRASIL, 2015)

O terapeuta ocupacional atua a partir das habilidades e limitações do indivíduo, criando outras formas de realizar o que ele quer e precisa, com a maior autonomia possível. Dessa forma, através de técnicas e recursos terapêuticos, o profissional consegue minimizar os sintomas da doença, permitindo a realização de atividades diárias, como práticas de autocuidado (banho, alimentação, vestuário, etc), lazer, entre outras. (BRASIL, 2015)

A Doença de Parkinson afeta a capacidade motora do indivíduo, causando tremores, rigidez, desequilíbrio postural, lentidão nos movimentos, entre outros. Esses aspectos levam a dificuldades na realização de atividades cotidianas e alterações drásticas de rotina. Assim, a Terapia Ocupacional pode ser de grande ajuda nesse contexto. (BRASIL, 2015)

Em relação a Doença de Alzheimer, além das disfunções cognitivas e comportamentais, as disfunções motoras também estão presentes e são responsáveis por intensificar o declínio físico, cognitivo e funcional do idoso. Dessa maneira, a Terapia Ocupacional apresenta um papel muito importante para o idoso com Doença de Alzheimer, contribuindo para a sua qualidade de vida e bem estar. (BRASIL, 2020)


REFERÊNCIAS

BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer. Fisioterapia e Terapia Ocupacional no tratamento de Alzheimer, 2020. Disponível em: https://abraz.org.br/2020/2020/10/16/fisioterapia-e-terapia-ocupacional-no-tratamento-de-alzheimer/. Acesso em 28 de maio de 2021.

BRASIL. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. A intervenção da Terapia Ocupacional junto ao indivíduo com da Doença de Parkinson, 2015. Disponível em: https://sbgg.org.br/a-intervencao-da-terapia-ocupacional-junto-ao-individuo-com-da-doenca-de-parkinson/ Acesso em: 28 de maio de 2021.



quarta-feira, 2 de junho de 2021

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO E ENVELHECIMENTO: UMA COMPANHIA NA SOLIDÃO


O envelhecimento é parte do ciclo de vida, sendo um fenômeno complexo onde se relacionam diferentes fatores: biológicos, sociais, psicológicos, culturais, entre muitos outros. Essa parte da vida deve ser assistida de forma individualizada e dinâmica, a fim de assegurar um envelhecimento saudável.

Sabemos que, para o idoso, existem fatores que tendem a reduzir os vínculos sociais, como perda de cônjuge e amigos ou separação dos filhos, que podem levar a uma solidão constante, além de diversos outros fatores pessoais de estresse. (GUEDES et al, 2017 apud SOUTO, 2019). Ainda, vivenciando o isolamento social devido a pandemia de covid-19, vemos cada vez os idosos estão se sentindo solitários e isolados da sociedade. Nesse contexto, os animais de estimação entram como grandes aliados na saúde mental e física do idoso.

Na sociedade contemporânea nota-se cada vez mais a presença de animais de estimação nos lares e o seu importante papel no suporte psicossocial e melhoria da qualidade de vida. O contato com esses animais pode levar ao aumento do bem-estar e à diminuição do estresse entre idosos. Os animais podem ganhar um papel importante na vida da pessoa, agindo como suporte emocional e companhia em tempos de solidão e distração em momentos de tensão e estresse. Esses aspectos contribuem intensamente para a qualidade de vida do idoso. (SOUTO, 2019)

Além disso, um cão, por exemplo, pode servir como estímulo e motivação para que os idosos comecem a realizar caminhadas, ou até mesmo brincadeiras e exercícios dentro de casa. Esses animais passam a ser, então, um fator de motivação para atividades físicas, tão importantes especialmente nessa etapa da vida. (GARCIA et al, 2015 apud SOUTO, 2019)

Devemos ficar atentos em alguns aspectos em relação aos animais, para que esse convívio seja favorável ao idoso. Sempre realizar medidas de limpeza, principalmente de fezes e urina, para evitar contaminações. Em casos de alergia, o idoso não poderá conviver com o animal. Atenção à quedas e machucados em momentos de interação com os animais, principalmente os de grande porte. (SOUTO, 2019)

Lembre-se: cuidar de um animal é uma grande responsabilidade e dá trabalho. A vida do animal também importa. Forneça a ele um ambiente favorável.


REFERÊNCIAS

SOUTO, Camila da Costa Lima et al. Efeitos do convívio domiciliar com cães de estimação na saúde de idosos. Estudos interdisciplinares sobre envelhecimento, Porto Alegre, v. 24, n. 3, p. 4-21, 2019. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1104056. Acesso em: 06/05/2021.