domingo, 21 de junho de 2020

ATIVIDADES DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA PARA IDOSOS FAZEREM EM CASA EM TEMPOS DE COVID-19




A estimulação cognitiva tem por objetivo trabalhar e estimular as funções cerebrais da pessoa, ou seja, sua capacidade de memorização, concentração, coordenação, atenção, resolução de problemas, entre outras, visando preservar ou melhorar tais funções.

Em idosos com Doença de Alzheimer, a estimulação cognitiva frequente (associada à medicação adequada) é fundamental para retardar o avanço do quadro e amenizar seus sintomas. Além de melhorar as funções cerebrais, a confiança, autonomia, auto estima e controle do idoso também melhoram com a prática da estimulação.

Dentre as atividades de estimulação cognitiva  destacam-se: tarefas de cálculo, estimulação da memória, atividades para atenção e orientação.


1) Tarefas de Cálculo
ü  Essa habilidade pode ser trabalhada de diferentes maneiras, uma delas seria ordenar uma lista de números previamente fornecidos, seja do menor para o maior, ou vice- versa;
ü  Por outro lado, também pode trabalhar essa habilidade por meio do cálculo mental. Deve-se começar com operações mais simples e ir aumentando o nível pouco a pouco.
ü  Além disso, pode dar a pessoa um número inicial elevado e pedindo para que ela faça subtrações consecutivas até um número específico. Por exemplo, começamos com o número 27 e a pessoa deve ir subtraindo de 3 em 3.


2) Estimulação da Memória
ü  Imagens e fotografias: com esses elementos é possível trabalhar a memória a curto prazo. Primeiro, deve-se observar a imagem atentamente para, após alguns minutos, tentar lembrar detalhes que aparecem nela.
 ü  Um jogo tradicional de memória.
 ü   Lembrar palavras ditas por outra pessoa: a pessoa que irá ler criará uma lista com várias palavras, após isso, será dita em voz alta para o idoso lembra-las.


3) Atividades de Atenção
ü  Para trabalhar a atenção em casa, pode-se usar a leitura: essa atividade pode ser realizada individualmente ao ler um texto ou com outra pessoa através da leitura em voz alta. A leitura deve ser seguida de rodadas de perguntas e descrição de dados específicos, que nos permitam exercitar essa função.

  ü  Além disso, assim como nas atividades para memória, pode-se trabalhar com imagens. Nesses casos, é preciso se concentrar em detalhes mais específicos das figuras a fim de melhorar a atenção.


4) Atividades para orientação
ü  Nesse caso, é importante trabalhar a orientação nas três esferas: tempo, espaço e círculo social. Para melhorar a orientação, algo que sempre preocupa quando uma pessoa começa a mostrar sinais de t=deterioração cognitiva, pode trabalhar com perguntas diárias como:
                        4.1- Dia da semana, mês em que nos encontramos e ano.
                        4.2- Estação na qual nos encontramos.
                        4.3- Momento do dia e atividades que devemos realizar                                                    (café-da-manha).
                         4.4- Data de nascimento e idade.
                        4.5- Lugar em que estamos (cidade, rua, etc).
                        4.6- Nome da pessoa e do acompanhante.


REFERÊNCIAS
AGUSTÍN, S.; ESPERT, R.; Estimulación cognitiva: una revisión neuropsicológica. Therapeía: estudios y propuestas en ciencias de la salud, v. 6, p. 73-94. 2014

segunda-feira, 15 de junho de 2020

MÁSCARAS CASEIRAS NA PREVENÇÃO DA COVID-19




A confecção de máscaras caseiras tem se tornado um fenômeno mundial e qualquer cidadão pode fazer a sua em casa. Além de eficiente é um equipamento simples, que não exige grande complexidade na sua produção e pode ser um grande aliado no combate à propagação do coronavírus no Brasil, protegendo você e outras pessoas ao seu redor.


Para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, que são simples. É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face. E mais uma informação importante: ela é individual. Não pode ser dividida com ninguém. As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.


O Ministério da Saúde elaborou algumas orientações para que a população faça as máscaras com os materiais que têm em casa:


 ü  Em primeiro lugar, é preciso dizer que a máscara é individual. Não pode ser dividida com ninguém, nem com mãe, filho, irmão, marido, esposa etc. Então se a sua família é grande, saiba que cada um tem que ter a sua máscara, ou máscaras;


ü  A máscara pode ser usada até ficar úmida. Depois desse tempo, é preciso trocar. Então, o ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas máscaras de pano;



 ü  É necessário que ela tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja, dupla face;



 ü  Também é importante ter elásticos ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca. Desse jeito, o pano estará sempre protegendo a boca e o nariz e não restarão espaços no rosto;



 ü  Use a máscara sempre que precisar sair de casa. Saia sempre com pelo menos uma reserva e leve uma sacola para guardar a máscara suja, quando precisar trocar;



 ü  Chegando em casa, lave as máscaras usadas com água sanitária. Deixe de molho por cerca de 30 minutos;



REFERÊNCIA


BRASIL. Ministério da Saúde. Máscaras caseiras podem ajudar na prevenção contra o Coronavírus. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46645-mascaras-caseiras-podem-ajudar-na-prevencao-contra-o-coronavirus Acesso em 19 de maio de 2020

sexta-feira, 5 de junho de 2020

ESPIRITUALIDADE NA SAÚDE: A IMPORTÂNCIA DA BUSCA POR NOSSA ESSÊNCIA NOS TEMPOS DE CRISE


O QUE É ESPIRITUALIDADE?


A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) define esse termo como “o encontro do significado e do propósito de vida; como se dá sua conexão com o eu, com os outros e com o significativo ou o sagrado.”


Ao longo dos tempos, conforme a humanidade confronta-se com desafios como a escassez de recursos nas diferentes áreas (saúde, alimentar, afetivo e até mesmo os naturais), a insegurança social, a superficialidade das relações e a impermanência da vida, as discussões atreladas à diversidade de pensamentos e dos questionamentos de diferentes valores surgem com grande intensidade. 


A busca em compreender o papel da espiritualidade no bem-estar e na saúde mental nos momentos de crise é fundamental para o ser humano.


Neste momento, o mundo globalizado vive uma crise com a ruptura de paradigmas humanos e sociais decorrente da pandemia do COVID-19. Infecção viral com elevado poder de propagação determinando o isolamento social, o afastamento do trabalho e das rotinas diárias; entretanto propicia os indivíduos à um mergulho impositivo nas relações familiares, por muitos negligenciadas na correria da vida contemporânea. Nesse momento de crise é que a espiritualidade suporta a essência humana na busca do ressignificar.



Nesse longo caminho do ressignificado das relações sociais e do gerenciamento das emoções, como a raiva, o medo, a tristeza e a surpresa, essencialmente quando advindas de períodos de crise, o desenvolvimento da espiritualidade pode ser uma opção de “parada obrigatória” para uma reflexão sobre qual o destino queremos chegar.

Vale ressaltar que a Espiritualidade é uma característica humana universal e o relacionamento com o transcendente pode se expressar através de atitudes, hábitos e práticas, inclusive religiosas. 

Ou seja, já por definição, espiritualidade não é assumir uma fé confessa e sim o que mais significa, o que mais valorizamos, o como nos sentimos pertencentes à vida.

A identificação da espiritualidade em nossas vidas pode surgir em diferentes vertentes: nas artes, quando ouvimos uma música que nos emociona, ou no brilho nos olhos de um quadro artístico; nos esportes, quando nos identificamos através da empatia com atletas, mesmo na derrota ou quando sentimos aquela sensação gostosa de terminar uma atividade física; no nosso propósito, quando sabemos exatamente o verdadeiro papel que desempenhamos, como ajudar o próximo ao aplicar conhecimentos técnicos ou informais e assim contribuímos para diminuir o sofrimento e a dor do próximo ou ao incentivar o perdão, a compaixão e o cultivo das boas relações; quando refletimos sobre a finitude, ao pensarmos na morte, seja a nossa ou a dos nossos entes queridos; quando refletimos sobre a impermanência da vida e que não há controle de nada, já que o que sabemos que as mudanças sempre ocorrem, incluindo com a própria finitude das relações.

Por fim, o despertar de uma comunidade, sociedade, país, continente, mundo e planeta depende de um movimento de religar do ser individual ao coletivo com empatia, resiliência e fraternidade; e assim a espiritualidade mostra- se como importante ferramenta nesta busca quer seja nos tempos de paz ou em tempos de crise.

Assim, a SBGG, sugere que ao ficar em casa, possa eleger opções para distração e aprendizado: MÚSICA, ARTES, LIVROS, CULINÁRIA, MEDITAÇÃO. 

REFERÊNCIA

BRASIL. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Espiritualidade na Saúde: A importância na busca por nossa essência em tempos de crise. Disponível em: https://view.officeapps.live.com/op/view.aspx?src=http://www.sbggrj.org.br/rj/wp-content/uploads/2019/09/SBGGRJ-Espiritualidade-na-Saúde-a-importância-da-busca-por-nossa-essência-nos-tempos-de-crise.docx Acesso: 19 de maio de 2020