O estatuto do idoso considera todos acima de 60 anos como idosos, tendo todos passado pelo processo de envelhecimento que traz consigo algumas adaptações na vida do idoso e de seu cuidador. Contudo, algumas dessas mudanças podem ser prejudiciais para um processo de envelhecimento saudável e interferir no bem estar do idoso, pois podem fragilizar a sua autoestima, podendo levar a inquietações e atritos na convivência. (SANTOS, ALMEIDA, 2002)
A infantilização do idoso é algo que ocorre com muita frequência e pode ser descrita como quando o cuidador menospreza a capacidade de decisão do idoso sobre o seu cuidado ou tratamento, e isso ocorre de forma muito similar a como se trata uma criança, sendo usado diminutivos e expressões infantis durante a comunicação. A infantilização é algo bem comum, porém muitas vezes ocorre de forma não intencional, todavia ela afeta negativamente o idoso podendo levar a traumas e a destruição de sua autoconfiança, além de poder levar o idoso a evitar se comunicar. (SANTOS, CORRÊA, ROLIM, COUTINHO, 2016)
Sendo assim, o ideal é que durante o cuidado exista um diálogo entre o cuidador e idoso, com interesse e respeito sobre as vontades do idoso, sem expressões infantis e principalmente sem o estereótipo de que ao envelhecer o idoso volta a ser uma criança. Ademais, além do respeito procure atividades que estimulem a autonomia do idoso, o faça sentir útil e o empodere de suas ações, mesmo que sejam coisas pequenas do cotidiano como pentear o próprio cabelo. (SANTOS, CORRÊA, ROLIM, COUTINHO, 2016)
Bibliografia:
SANTOS, Maria de Fátima de Souza; ALMEIDA, Ângela Maria de Oliveira. Práticas sociais relativas ao idoso. Temas psicol. vol.10 n.3 Ribeirão Preto dez. 2002. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2002000300004>. Acesso em: 7 ago 2021.
SANTOS, Rebeca Aranha Arrais e Silva; CORRÊA, Rita da Graça Carvalhal Frazão; ROLIM, Isaura Letícia Tavares Palmeira; COUTINHO, Nair Portela Silva. Atenção No Cuidado Ao Idoso: Infantilização E Desrespeito À Autonomia Na Assistência De Enfermagem. Rev Pesq Saúde, ed. 17, n.3, p.179-183, set-dez, 2016. Disponível em: <http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahuufma/article/viewFile/6793/4335>. Acesso em 7 ago 2021.
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