Estudos mostram que a música tem seus efeitos no corpo humano, ela atinge o organismo por completo causando efeitos biológicos, fisiológicos, intelectual, social e espiritual, além de agir no sistema nervoso, circulatório, respiratório, digestivo e metabólico.
Segundo Barbosa e Cotta (2017), a Musicoterapia é uma intervenção que utiliza aspectos como melodia, harmonia e ritmo, estimulando áreas cognitivas, afetivas e sociais do idoso com Alzheimer, pois a música traz emoções e sentimentos que remetem a momentos vividos por esse indivíduo, ajudando-o no exercício da memória.
É imprescindível que o estilo de música a ser adotada seja de acordo com a preferencia musical do idoso, para que haja uma conexão com a melodia. A terapia com música pode melhorar o humor, o comportamento e a função cognitiva, além de trazer paz, conforto, confiança e tranquilidade.
A música também pode influenciar no controle da dor, uma vez que a mesma traz uma sensação de bem-estar ao idoso. A melodia modifica padrões de comportamento e modula o sistema nervoso, o que pode trazer resultados positivos ao indivíduo com dor crônica.
O uso da música é uma terapêutica complementar valiosa, que exerce influência sobre os aspectos neurocognitivos, emocionais, psíquicos e sociais do idoso com Doença de Alzheimer. (ALBUQUERQUE e cols., 2012)
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece terapias alternativas, como a Musicoterapia, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Tal serviço é oferecido por meio da iniciativa local, mas recebe financiamento do Ministério da Saúde por meio do Piso de Atenção Básica (PAB) de cada município, segundo a Portaria n° 145/2017. (BRASIL, 2017)
Portanto, a Musicoterapia é um método não-farmacológico eficaz na prevenção e tratamento da Doença de Alzheimer e outros transtornos demenciais, na qual a sua aplicabilidade é reconhecida pelo Ministério da Saúde e tem o incentivo do mesmo. Sendo assim, a tendência dessa terapia complementar, que envolve os aspectos psicossomáticos do ser humano, é ser cada vez mais difundida na área da saúde, visto que o seu uso é eficaz.
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, P.S.; COTTA, M.M. Psicologia e Musicoterapia no tratamento de idosos com demência de Alzheimer. Revista Brasileira de Ciências da Vida, [S.l.], v. 5, n. 3, jul. 2017. ISSN 2525-359X. Disponível em: < http://jornal.faculdadecienciasdavida.com.br/index.php/RBCV/article/view/284 >.
ALBUQUERQUE M.C.S.; NASCIMENTO L.O.; LYRA S.T.; FIGUEREDO TREZZA M.C.S.; BRÊDA M.Z. Os efeitos da música em idosos com doença de Alzheimer de uma instituição de longa permanência. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2012 abr/jun;14(2):404-13. Disponível em:< http://dx.doi.org/10.5216/ree.v14i2.12532 >.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Portaria amplia oferta de PICS. Brasília, DF, 2017. Disponível em: < http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=2297 >.
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