COVID-19:
Importância do Isolamento Social dos Idosos
Ainda
que a COVID-19 tenha um comportamento similar ao de uma gripe comum, sua
disseminação é muito rápida, sendo quase que dobrada o seu potencial de
transmissibilidade e, em alguns casos, principalmente nos idosos, essa doença
pode se manifestar de forma grave e até mesmo fatal, chegando a 15% de
letalidade, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).
Os
idosos, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Geriatria e
Gerontologia (SBGG), constituem o chamado grupo de risco, devido ao fato
de que quando acometidos pelas doenças os riscos de complicações são maiores.
Além disso, esses órgãos também mencionam que os idosos com doenças crônicas
possuem riscos de complicações ainda mais altos do que os outros idosos.
A Sociedade
Brasileira de Geriatria e Gerontologia chama a atenção, particularmente, os
idosos com Doença de Alzheimer que desenvolvem fragilidade e que paralelamente
possuem também outras comorbidades.
Idosos
com Alzheimer, quando acometidos por doenças clínicas como no caso da COVID-19,
podem manifestar outros sintomas, o que pode acabar mascarando a infecção.
Nesse grupo, os sintomas que podem se manifestar são: comprometimento
cognitivo e funcional; apatia; confusão mental aguda; agitação.
Sabendo disso, a SBGG aconselha que os idosos
acima de 60 anos, especialmente aqueles com comorbidades: Hipertensão,
Diabetes, Doenças Neurológicas, Doenças Renais, Doenças Pulmonares, em
tratamento de câncer, e aqueles com mais de 80 anos e portadores da Síndrome
da Fragilidade, ADOTEM MEDIDAS DE RESTRIÇÃO SOCIAL, devendo então evitar:
-AGLOMERAÇÕES;
-VIAGENS;
-
CONTATO COM PESSOAS QUE RETORNARAM RECENTEMENTE DE VIAGENS;
-CONTATO
ÍNTIMO COM CRIANÇAS
O Idoso Independente e o Isolamento Social da
Família
A
sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destaca a diferença entre
independência e autonomia, onde a autonomia é a capacidade de tomar decisões
pessoais e independência é a habilidade de executar funções relacionadas à vida
diária.
A
imagem do idoso incapaz de viver sozinho vem sendo desconstruída com o passar
dos anos. De 1992 a 2012, o número de idosos que vivem sozinhos no Brasil
triplicou, passando de 1,1 milhão para 3,7 milhões, o que representa
crescimento de 236%, de acordo com os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa
promoção da autonomia e independência , que por sua vez estão claramente
relacionadas ao aumento da expectativa de vida, tem naturalizado a escolha dos
idosos em viver por conta própria, e também a aceitação da família.
De
acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, o cenário
perfeito é aquele que o idoso consegue viver só, mas integrado socialmente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Associação Brasileira de
Alzheimer: COVID-19 |o novo coronavírus e a Doença de Alzheimer.
Disponível em: http://abraz.org.br/web/2020/03/13/covid-19-o-novo-coronavirus-e-a-doenca-de-alzheimer/ Acesso
em: 30 de março de 2020.
BRASIL.
Ministério da Saúde.COVID-19: Ministério da Saúde divulga protocolos e
orientações aos profissionais e serviços de saúde. Disponível em: https://www.conasems.org.br/covid-19-protocolos-e-orientacoes-aos-profissionais-e-servicos-de-saude/
Acesso em: 30 de março de 2020
BRASIL.
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Posicionamento sobre COVID-19. Disponível em:
https://sbgg.org.br/posicionamento-sobre-covid-19-sociedade-brasileira-de-geriatria-e-gerontologia-sbgg-atualizacao-15-03-2020/ Acesso em: 30 de março de 2020
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