quarta-feira, 1 de abril de 2020

O ISOLAMENTO SOCIAL DA FAMÍLIA EM RELAÇÃO AO IDOSO INDEPENDENTE


COVID-19: Importância do Isolamento Social dos Idosos 


Ainda que a COVID-19 tenha um comportamento similar ao de uma gripe comum, sua disseminação é muito rápida, sendo quase que dobrada o seu potencial de transmissibilidade e, em alguns casos, principalmente nos idosos, essa doença pode se manifestar de forma grave e até mesmo fatal, chegando a 15% de letalidade, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).


Os idosos, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), constituem o chamado grupo de risco, devido ao fato de que quando acometidos pelas doenças os riscos de complicações são maiores. Além disso, esses órgãos também mencionam que os idosos com doenças crônicas possuem riscos de complicações ainda mais altos do que os outros idosos.


A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia chama a atenção, particularmente, os idosos com Doença de Alzheimer que desenvolvem fragilidade e que paralelamente possuem também outras comorbidades.


Idosos com Alzheimer, quando acometidos por doenças clínicas como no caso da COVID-19, podem manifestar outros sintomas, o que pode acabar mascarando a infecção. Nesse grupo, os sintomas que podem se manifestar são: comprometimento cognitivo e funcional; apatia; confusão mental aguda; agitação.


Sabendo disso, a SBGG aconselha que os idosos acima de 60 anos, especialmente aqueles com comorbidades: Hipertensão, Diabetes, Doenças Neurológicas, Doenças Renais, Doenças Pulmonares, em tratamento de câncer, e aqueles com mais de 80 anos e portadores da Síndrome da Fragilidade, ADOTEM MEDIDAS DE RESTRIÇÃO SOCIAL, devendo então evitar:

-AGLOMERAÇÕES;

-VIAGENS;

- CONTATO COM PESSOAS QUE RETORNARAM RECENTEMENTE DE VIAGENS;

-CONTATO ÍNTIMO COM CRIANÇAS




 O Idoso Independente e o Isolamento Social da Família


A sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destaca a diferença entre independência e autonomia, onde a autonomia é a capacidade de tomar decisões pessoais e independência é a habilidade de executar funções relacionadas à vida diária.


A imagem do idoso incapaz de viver sozinho vem sendo desconstruída com o passar dos anos. De 1992 a 2012, o número de idosos que vivem sozinhos no Brasil triplicou, passando de 1,1 milhão para 3,7 milhões, o que representa crescimento de 236%, de acordo com os  dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Essa promoção da autonomia e independência , que por sua vez estão claramente relacionadas ao aumento da expectativa de vida, tem naturalizado a escolha dos idosos em viver por conta própria, e também a aceitação da família.


De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, o cenário perfeito é aquele que o idoso consegue viver só, mas integrado socialmente.





REFERÊNCIAS

BRASIL. Associação Brasileira de Alzheimer: COVID-19 |o novo coronavírus e a Doença de Alzheimer. Disponível em: http://abraz.org.br/web/2020/03/13/covid-19-o-novo-coronavirus-e-a-doenca-de-alzheimer/ Acesso em: 30 de março de 2020.


BRASIL. Ministério da Saúde.COVID-19: Ministério da Saúde divulga protocolos e orientações aos profissionais e serviços de saúde. Disponível em: https://www.conasems.org.br/covid-19-protocolos-e-orientacoes-aos-profissionais-e-servicos-de-saude/ Acesso em: 30 de março de 2020
BRASIL. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Posicionamento sobre COVID-19. Disponível em: https://sbgg.org.br/posicionamento-sobre-covid-19-sociedade-brasileira-de-geriatria-e-gerontologia-sbgg-atualizacao-15-03-2020/  Acesso em: 30 de março de 2020






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