segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

DISFAGIA E DESNUTRIÇÃO EM IDOSOS

 


As mudanças fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento acometem diversos mecanismos, incluindo o processo de deglutição. Muitas vezes elas ocorrem de forma gradual, sendo possível ao idoso se adaptar a essas novas condições sem que haja interferência no estado físico, nutricional e pulmonar deste indivíduo.


No entanto, a associação destas mudanças a outras comorbidades, coloca este indivíduo idoso no grupo de risco para disfagia e desnutrição. Mas o que seria a disfagia ? Carvalho e Sales (2014) afirmam que a Disfagia é qualquer dificuldade na efetiva condução do alimento da boca até o estômago por meio das fases inter-relacionadas, comandadas por um complexo mecanismo neuromotor.


Trata-se de uma condição clínica que deve ser abordada interdisciplinarmente por médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas e enfermeiros, uma vez que cada profissional contribui de forma interdependente para a melhora do paciente.


Como consequência da Disfagia, a pessoa pode sofrer de desnutrição, desidratação e pneumonia (por aspiração), sendo essa pneumonia responsável por 50% das mortes em idosos.


Descrição dos diferentes graus da disfagia a partir da avaliação fonoaudiológica realizada, seguido do tipo de dieta sugerida e suas principais características

DEGLUTIÇÃO E DISFAGIA

TIPO DE DIETA

CARACTERÍSTICAS DA DIETA

Deglutição Normal

Normal

Inclui todos os alimentos e todas as texturas

Deglutição Funcional

Branda

Alimentos macios que requerem certa habilidade de mastigação, como carnes cozidas e úmidas, verduras e legumes cozidos, pães e frutas macios. Exclui alimentos de difícil mastigação ou que tendem a se dispersar na cavidade oral, como os secos (farofa), as verduras e os legumes crus, os grãos etc., bem como as misturas de consistências (canja de galinha e feijão com caldo e caroço).

Disfagia Clínica

Dieta Pastosa

Alimentos bem cozidos, em pedaços ou não, que requerem pouca habilidade de mastigação, como arroz pastoso, carnes e legumes bem cozidos, picados ou desfiados, pães macios e sopas cremosas e/ou com pedaços de legumes bem cozidos ou batidos. Líquidos podem ser espessados ou não. Pode haver necessidade de suplementação nutricional.

Disfagia de leve a moderada

Pastosa homogênea

Alimentos cozidos e batidos, coados e peneirados formando uma preparação homogênea e espessa. Ausência de grumos. Ex: Purês, mingaus, líquidos espessados. Pode haver necessidade de suplementação nutricional da alimentação.

 

Disfagia Grave

Dieta Enteral

Via oral suspensa e necessidade de dieta enteral exclusiva

 

 REFERÊNCIA

CARVALHO, B.; SALES, D.,S. Disfagia & Desnutrição. 2014 Disponível em: https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2014/10/especial.pdf Acesso em 26 de novembro de 2020


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