A
urbanização e a crescente população idosa vem exigindo cada vez mais de
melhores condições de vida, mesmo que existam lacunas assistenciais e físicas
que desafiam as políticas públicas e os serviços de saúde.
No que diz respeito à fisiologia do idoso, sabe-se que no envelhecimento, muitos idosos estão propensos a se acidentarem, seja em casa, com os próprios obstáculos ‘‘conhecidos’’, e mais aos obstáculos por eles ‘‘desconhecidos’’ impostos na rua e transportes. Desta maneira, o envelhecimento acarreta uma maior vulnerabilidade a situações que podem levar à perda da independência ou da saúde do idoso.
Os casos mais graves de fraturas
podem levar à morte, principalmente do fêmur. Para reduzir a mortalidade
de idosos após quedas, o Ministério da Saúde criou o Comitê Assessor de
Políticas de Prevenção e Promoção dos Cuidados da Osteoporose e de Quedas na
População Idosa. O Comitê, formado por representantes de várias instituições
médicas, realiza oficinas sobre o assunto.
Tendo em vista o acelerado
aumento populacional, urbanização e índice elevado de queda entre os idosos e
suas complicações incapacitantes, excludentes e fatais, são de responsabilidade
de toda a população e governantes promover um ambiente seguro também
fora de suas casas.
Em relação à legislação, pode-se
destacar que no Brasil há instrumentos legais como a Lei Ordinária Federal
10.098/2000, a qual estabelece normas e critérios para promoção da
acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Parte
da população idosa está inclusa no grupo de pessoas com mobilidade reduzida.
Portanto cabe ao enfermeiro, principalmente
o enfermeiro da atenção primária (localizado em postos de saúde, clínica e/ou
estratégia de saúde da família) realizar orientações voltadas às necessidades
reais do idoso assistido fazendo uma busca ativa, avaliando riscos ambientais e
fatores predisponentes para quedas. A assistência deverá ser realizada
considerando o idoso em sua totalidade, hábitos, ambiente domiciliar, ambiente
da comunidade, família ou cuidadores.
Além disso, a família também pode
unir forças com a enfermagem tornando-se uma grande apoiadora dos cuidados,
uma vez que fortalece as orientações dadas pelo enfermeiro fazendo com que haja
a continuidade das intervenções realizadas na consulta de enfermagem.
REFERÊNCIA
CAMACHO,
A.C.L.F.; GOMES, F.A. O IDOSO E A MOBILIDADE URBANA: UMA ABORDAGEM REFLEXIVA
PARA A ENFERMAGEM. Revista de Enfermagem UFPE on line. Recife. v.11,
n.12, p.5066-5073, dez-2017. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/23068/25344.
Acesso em 25 de julho de 2019.
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